“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Propriedade Verdadeira

Um dia um homem que acredita na vida após a morte, e que valoriza o ser mais que o ter, hospedou-se na casa de um materialista convicto, em bela mansão de uma cidade européia.
         Depois do jantar, o anfitrião convidou o hóspede para visitar sua galeria de artes e começou a enaltecer os bens materiais que possuía, de maneira soberba.
         Falou que o homem vale pelo que possui, pelo patrimônio que consegue acumular durante sua vida na Terra. Exibiu escrituras de propriedades as mais variadas, jóias, títulos, valores diversos.
         Depois de ouvir e observar tudo calmamente, o hóspede falou da sua convicção de que os bens da Terra não nos pertencem de fato, e que mais cedo ou mais tarde teremos que deixá-los.
         Argumentou que os verdadeiros valores são as conquistas intelectuais e morais e não as posses terrenas, sempre passageiras.
         No entanto o materialista falou com arrogância que era o verdadeiro dono de tudo aquilo e que não havia ninguém no mundo capaz de provar que todos os seus bens não lhe pertenciam.
         Diante de tanta teimosia, o hóspede propôs-lhe um acordo.
         Já que é assim, voltaremos a falar do assunto daqui a cinqüenta anos, está bem?
         Ora, disse o dono da casa, daqui a cinqüenta anos nós já estaremos mortos, pois ambos temos mais de sessenta e cinco anos de idade!
         O hóspede respondeu prontamente: é por isso mesmo que poderemos discutir o assunto com mais segurança, pois só então você entenderá que tudo isso passou pelas suas mãos mas, na verdade, nada disso lhe pertence de fato.
         Chegará um dia em que você terá que deixar todas as posses materiais e partir, levando consigo somente suas verdadeiras conquistas, que são as virtudes do espírito imortal. E só então você poderá avaliar se é verdadeiramente rico ou não.
         O homem materialista ficou contemplando as obras de arte ostentadas nas paredes de sua galeria, e uma sombra de dúvida pairou sobre seu olhar, antes tão seguro.
         Que diferença fará daqui a cem anos, se você morou em uma mansão ou num casebre?
         Se comprou roupas em lojas sofisticadas ou num bazar beneficente?
         Se bebeu em taças de cristal ou numa concha de barro?
         Se comeu em pratos finos ou numa simples marmita?
         Se pisou em tapetes caros ou sobre o chão batido?
         Se teve grande reserva financeira ou viveu com um salário mínimo?
         Que diferença isso fará daqui a cem anos?
         Absolutamente nenhuma!
         No entanto, o que você fizer do seu tempo na Terra, fará muita diferença em sua vida, não só daqui a cem anos, mas por toda a eternidade.
         Por essa razão, vale a pena pensar no que realmente tem valor duradouro e efetivo, considerando-se que você é um ser imortal, herdeiro de si mesmo, de cujos atos terá que prestar contas à própria consciência.

Do Livro: Vida Feliz
Pelo espirito Joanna de Ângelis
Psicografado por Divaldo P, Franco

quarta-feira, 29 de setembro de 2010


Considerações da Psicóloga Sandra Mussi sobre o Filme "Nosso Lar"

"Como Psicóloga e constante estudante da alma,
a busca dessa viagem interior é minha mola motivadora
no caminho do autoconhecimento"



Sobre o filme Nosso Lar!

Como a gente diz por aqui, WOW!!!!!
Tive a grande honra e prazer de assistir ao filme "Nosso Lar" que estreará em 03/Setembro/2010.
Minha viagem ontem, ao assistir o filme, foi espetacular. Quantas lições!!!

Eu fiquei encantada em como pude me perceber nos personagens podendo assim experienciar emoções e valores tão engenhosamente criados na tela. Com a ajuda de André Luiz e desta produção espetacular, caminhei na minha própria estrada de encontro ao "Meu Lar" e ao "Meu Umbral".

Como Psicóloga e constante estudante da alma, a busca dessa viagem interior é minha mola motivadora no caminho do autoconhecimento.

Para aqueles que já leram o livro e conhecem sua mensagem de tolerância e amor, o filme traz imagens inesquecíveis que materializam nossa imaginação, enriquecem nossa apreciação pelas mensagens trazidas a nós por André Luiz. Quem não conhece a obra será presenteado com uma narrativa clara, que sutilmente ensina os fundamentos da mensagem Espirita através da jornada de um espirito.

A representação visual contrastante entre o umbral e o Nosso Lar coloca em grande perspectiva a nossa dualidade espiritual, mental e emocional. Essa realidade interna do equilíbrio e desequilíbrio, entre o amor e o ódio, entre a paz e a guerra tão bem representada pelo ator Renato Prieto, nos faz reconhecer o nosso atual estado evolutivo, nossas fragilidades e limitações. Escolher ver a "normalidade" das nossas imperfeições de condição humana em busca da luz é aceitar de forma natural nosso crescimento.

O filme Nosso Lar, me proporcionou o encontro com essa realidade e me fez refletir onde estou e para onde quero ir.
Estar aberta para essa escolha é uma fonte energizadora de liberdade e de exercício em busca da felicidade e realização pessoal.

As cenas do hospital da colônia Nosso Lar nos traz a tranquilidade interna do silêncio, expulsa os barulhos da mente para que a quietude interna proporcione o ambiente necessário ao encontro com nossa essência e a fonte das leis divinas. Mais uma vez, o filme nos leva a refletir no poder do silêncio. A "água medicamentosa" foi o agente desse processo.

A trilha sonora composta pelo gênio da música considerado um dos compositores mais influentes do século 20, Philip Glass, constantemente nos convida a tecer suaves cordas vibracionais do nosso intimo com a arte divina.
Nas cenas musicais do filme uma nova oportunidade de experienciar a harmonia, fazendo-nos mergulhar em sensações de alegria, quietude e união.

O filme nos traz uma mensagem de otimismo e esperança. As emoções vivenciadas pelos atores traz ao telespectador sentimentos verdadeiros e sinceros, fazendo com que o filme seja uma conexão constante.

Morando no exterior a mais de 20 anos, "viajei" com Andre Luiz - O retorno dele ao Lar na Terra, é muitas vezes meu retorno a Pátria querida. Cenas tão emocionantes que me instigaram ao exercício do desapego. Como André Luiz, ao não aceitarmos as mudanças da nossa realidade perdemos a conexão interna.

Ao nos desapegarmos deixamos de viver a ansiedade da separação e assim nos abrimos para a conexão maior, a do entendimento que somos todos ligados uns aos outros, somos UM SÓ através do AMOR! A doutrina da reencarnação faz com que possamos exercitar a fraternidade, estender nossas afeições além dos laços do sangue, nos laços imperecíveis do Espírito.

Acredito que o cinema brasileiro enriqueceu com a grande direção de Wagner Assis que se estabeleceu como um grande "médium" das belezas eternas. Com certeza esse é um filme para se assistir muitas vezes. Estarei levando meus filhos e meus amigos e recomendando a todos aqueles que buscam a paz e o encontro com o Divino.

Obrigada Wagner e a toda a equipe que me proporcionaram essa viagem tão bonita!

Obrigada André Luiz! Obrigada Chico!

Sandra Mussi
Psicóloga e Psicoterapeuta
Presidente Conselho Espirita Canadense


Francisco de Assis: " un solo raggio di sole e' sufficiente per cancellare milioni d'ombre"
Tradução: "É suficiente un unico raio de sol para apagar milhões de sombras"

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sob sombra e dores...

Nestes dias penumbrosos, quando se adensam as sombras, na Terra, e as perspectivas se fazem mais tensas sob a ótica do desespero e da anarquia; quando se acumpliciam, a agressão injustificável e o crime em desenfreada correria; quando se dão as mãos, a injustiça e o opróbrio, ceifando vidas; quando se destacam, a criminalidade e o erro, ocupando espaços, o cristão decidido deve voltar-se para dentro, procurando reabastecimento na fé.
Já são grossos os rolos de fumaça, que sobem da Terra em chamas.
Muitas são as vozes que estão silenciadas no fragor das batalhas rudes.
Os cadáveres enxameiam, formando pântanos de matéria humana.
… E uma noite, que se apresenta pavorosa, ameaça tomar conta do mundo.
No entanto, Jesus é Sol, e os Seus discípulos, chamados à glória do momento grave, devem desempenhar a tarefa com alegria, embora sob estertores ou caminhando com dificuldades no meio do cipoal.
Nunca, como hoje, se viveram dias de tanta angústia!
O século das glórias tecnológicas, são os dias de horror da própria desenfreada ambição humana.
Eis porque, a Doutrina Espírita veio, prenunciando as mudanças sociais e humanas e esclarecendo sobre a visão do Apocalipse que ora se cumpre na atual Civilização.
Permaneçamos fiéis ao labor, insistindo mais em nosso trabalho de solidariedade, ampliando os nossos recursos de fraternidade e amando com destemor, a fim de que definhem as fileiras da agressão e do ódio.
De forma alguma nos deixemos contaminar pelos vírus que se encontram no ar que se respira no mundo.
De maneira nenhuma nos deixemos mimetizar pela violência, estando vigilantes, para que, a qualquer preço, a cordura e a paz não se afastem dos nossos corações.
Nestes momentos, avaliam-se os recursos de cada um.
Ante os testemunhos surgem os heróis e revelam-se os desertores.
É imprescindível porfiar, espalhando a luz da esperança e disseminando o exemplo da bondade.
Em conseqüência, serão carreadas mais forças e vigores para os obreiros fiéis, a fim de que as metas sejam alcançadas no campo do bem.
Levantemo-nos, portanto, conscientes dos deveres que nos dizem respeito e porfiemos sem desânimo na luta da nossa redenção.

Do livro Otimismo
Pelo espirito Joanna de Ângelis
Psicografado por Divaldo Franco

domingo, 26 de setembro de 2010

Dor e Benção


Ninguém passa, na Terra, sem experimentar o aguilhão do sofrimento.
De uma ou de outra forma a vida física é uma experiência educativa com objetivos definidos, quais os de auxiliar o Espírito a lapidar as imperfeições e aproximá-lo, o mais possível, da felicidade.
Por isso mesmo, no educandário terrestre, todos lhe conhecem as garras que ferreteiam as carnes da alma, nas várias expressões em que a mesma se expressa.
Ansiedades e amarguras, necessidades e dissabores, enfermidades e infortúnios, fome e carências outras são recurso de que a Vida se utiliza para disciplinar as criaturas propondo-lhe sublimação.

Não te consideres desventurado, porque o sofrimento te alcançou diminuindo a intensidade festiva da tua quadra de ilusões.
Durante seu curso, recorda os momentos ditosos que passaram e torna menos ásperos estes que agora te visitam.
Da mesma forma, amanhã estará mudada esta paisagem aflitiva e te incorporarás às tuas conquistas.
Aprenderás a abençoar a saúde e a valorizar os bens da amizade, os dons do trabalho, prolongando as horas de bem-estar, cultivando pensamentos e atitudes positivos, que te favorecerão com energias e disposição para todos os embates que enfrentarás.
Compreenderás com mais facilidade os alheios padecimentos, tolerando as agressões e disparates de outros indivíduos mais atribulados do que tu.
Sentir-te-ás mais humano e sensível aos problemas do próximo, tornando-te, naturalmente, solidário com todos aqueles que te busquem a ajuda ou a simples presença fraternal.
Dilatarás a visão a respeito da vida e reflexionarás mais intensamente sobre a transitoriedade do corpo e o caráter eterno do ser em si mesmo.
Descobrirás o sentido dos acontecimentos, assimilando-lhes bem as propostas evolutivas, sem nadar contra a correnteza.
Os problemas, naturalmente, chegar-te-ão da mesma forma; no entanto, com esta experiência que proporciona sabedoria, poderás solucioná-los sofrendo menos aflições.

Quando te conscientizas das razões do sofrimento, estes se tornam suportáveis, tendo diminuídas suas cargas desgastantes.
Quando te resignas diante dos testemunhos, estes perdem a intensidade perturbadora.
Quando abençoas a própria dor, nela reconhecendo os benefícios que fruirás, encontras a técnica perfeita para vencê-la e ser feliz.

Do livro “Luz da Esperança”
Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Pelo espírito Joanna de Ângelis

sábado, 25 de setembro de 2010

Benção do Senhor


Para ser feliz

Uma pequena fenda, uma centelha... 
Um pouco de luz... Sim, é suficiente.
Seus olhos se abrem e agora já pode ver: o caminho está à sua frente.
Não tema, permita que o seu coração possa-lhe guiar.
Não desperdice suas energias em coisas que esvaziam seu ser, que possam roubar a luz do seu olhar.
Abandone o que lhe faz sofrer, o que não lhe deixa ver quem você realmente é.
Deixe que seu ser seja acolhido pelas mãos calorosas do amor (ÁGAPE) e sinta que ai está a sua alegria,
o seu preenchimento, a sua confiança.
Todo pensamento sem amor tem que ser desfeito para que você possa contemplar a sua verdadeira realidade,
uma realidade onde a luz é presente, mostrando que o amor (ÁGAPE) é maior que tudo e que só através dele
você pode realizar o seu crescimento, a sua plenitude.
Para ser feliz,
você tem que ser de coração (ÁGAPE).

EVANGELIZE!!!!! 

Padre Marcelo Rossi

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Agradecimentos da Presidência da Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS)

"Queridos confrades espíritas.

Alegremo-nos! Nosso Lar é um sucesso de bilheteria! O filme estreou em 443 salas de cinema, a maior estréia do cinema brasileiro, e gerou uma bilheteria de 6,1 milhões de Reais, segundo dados da Fox Filmes, nos primeiros dois dias de exibição. Os números refletem a aceitação e a projeção da obra no cenário nacional.

Mais importante do que isto: imaginemos o número de pessoas que tomaram e ainda tomarão contato com a realidade da vida no mundo espiritual através desta produção histórica para o Espiritismo e para a humanidade.

A FERGS, que levou 810 pessoas aos cinemas em sessões especiais desde 27 de agosto, agradece a todos os que se empenharam e continuarão se empenhando na divulgação de Nosso Lar. Voltemos aos cinemas, levemos conosco quantos pudermos e estaremos não só contribuindo para que o filme possa ser posteriormente exibido em outras pátrias - que tanto padecem dos males do materialismo, mas estaremos também realizando verdadeira caridade para com todos a quem apresentarmos a narrativa de André Luiz.

Um abraço fraterno e votos de trabalho e paz a todos."

Maria Elisabeth Barbieri
Presidente
Federação Espírita do Rio Grande do Sul

Aceitar as pessoas...


Aceita as pessoas, conforme estas se te apresentam.
Este homem prepotente que te desagrada, está enfermo, e talvez não o saiba.
Esse companheiro recalcitrante é infeliz em si mesmo.
Aquele conhecido exigente sofre dos nervos. Uns, que parecem orgulhosos, são apenas portadores de conflitos que procuram ocultar.
Outros, que se apresentam indiferentes, experimentam medos terríveis.
A Terra é um grande hospital de almas.
Quem te veja, apenas, superficialmente, não te verá, como analisaste, com acerto.
Concede a liberdade para que cada um seja conforme é e não como pretendes que sejam.

Livro: Vida Feliz
Pelo espirito Joanna de Ângelis
Psicografado por Divaldo P. Franco

Em relação a ti

Após a emoção do encontro com a Doutrina Espírita, agora, quando os deveres constituem norma de comportamento diário, na tua vida, observas, algo desencantado, a necessidade da contínua renovação de forças, a fim de não desfaleceres.
Supunhas, inicialmente, que logo seriam resolvidos todos os problemas.
Todavia, ei-los que retornam afligentes, complexos.
Dispões, porém, de recursos valiosos que não podes desconsiderar e graças aos quais não desfalecerás.
Reflete:
Quem tem fé, não se abate ante noite escura.
Quem confia, não se desespera na convulsão.
Quem ama, não se debate na desconfiança.
Quem crê, não se tortura na incerteza.
Quem espera, não se atira nos braços da aflição.
Quem serve, não se agasta com a ingratidão.
Quem é gentil, não aguarda entendimento.
Quem é puro, não se revolta com as calúnias.
Quem perdoa, não pára na caminhada a fim de recolher escusas.
Quem se renova no Cristo, não retorna à prisão do erro.
Se tens fé, persevera.
Haja o que houver, prossegue impertérrito, mente dirigida ao Senhor e mãos no trabalho edificante.
Não olhes para trás, nem te confies à depressão.
Este é o teu momento divino de avançar. Não o malbarates inutilmente.
A claridade da Crença que ora te aponta seguro roteiro, far-se-á tua lâmpada de alegria onde estejas, com quem te encontres, como te sintas.
E quando a noite do túmulo se abater sobre o teu corpo cansado, ela será o Sol nascente do Dia Novo que deves, desde agora, aguardar com júbilo e por cuja razão deves insistir e perseverar. 

Livro: Celeiro de Bênçãos
Pelo Espirito Joanna de Ângelis
Psicografado por Divaldo P. Franco

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vida


CIDADÃO DE "NOSSO LAR": Nosso Lar - Parte XI


Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:
"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, dorovante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."

domingo, 19 de setembro de 2010

RETORNANDO A CASA: Nosso Lar - Parte X


Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.
Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."
André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"
E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."
À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."
André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."
De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.
Em prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.

sábado, 18 de setembro de 2010

ENCONTROS: Nosso Lar - Parte IX

Em tarefa, André Luiz encontra velho conhecido de seu pai, e que ele, um dia, como negociante inflexível, despojou de todos os bens. Constrangido, não sabe o que dizer, e se afasta. Mas, incentivado por Narcisa, retorna até Silveira, o ofendido de outrora, e pede-lhe desculpas sinceras. Silveira diz-lhe que "o velho", como chama carinhosamente o pai de André Luiz, foi seu verdadeiro instrutor no mundo, pois ensinou-lhe os valores imperecíveis do espírito.
Mas tarde, sentindo-se atraído para a ala feminina das Câmaras de Retificação, é até lá conduzido por Narcisa, Entre muitos rostos, reconhece Elisa, a jovem empregada de sua casa e com quem se relacionou levianamente no passado, hoje, cega e infeliz.
Assusta-se ao saber do ódio da jovem, por ele e por seus pais e reconhece o profundo mal que lhe causou um dia.
Elisa, porém, está igualmente transformada. Quer esquecer, perdoar. E André quer auxiliar. Sem se fazer conhecer, recebe Elisa como irmã do coração, prometendo ampará-la de todos os modos, trabalhando por sua felicidade e recuperação.
Elisa chora e abençoa André. Este, também em lágrimas, ouve Narcisa dizer: "bem aventurados os devedores em condições de pagar."

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os Dias Graves do Senhor

Estes são os dias, os dias graves do Senhor!
É necessário que as criaturas humanas abramo-nos ao Evangelho Restaurado e nos permitamos ser instrumentos do Condutor de Vidas, para que possamos aplainar os caminhos que a Sua Misericórdia vem percorrer.
Espíritas!
Assumistes um compromisso antes do berço. Firmastes no Além um documento de responsabilidade para proclamar o Reino de Deus na Terra no momento das grandes aflições.
Pedistes o testemunho e o sofrimento para respaldarem a qualidade da vossa tarefa.
Não recalcitres, pois, ante o espinho do testemunho.
Permanecei solidários para que não experimenteis solidão.
Canta um hino de louvor e de bem-aventuranças, para que as vossas não sejam as lágrimas do remorso, ao contrário, sejam as da gratidão.
Não postergueis o momento da renovação interior.
Se colheis, por enquanto, os cardos e se sorveis a taça da amargura que preparastes antes, semeai a paz, alegria e amor para a colheita do futuro.
O Espiritismo é Jesus voltando de braços abertos e trazendo no Seu séquito os corações afetuosos que vos anteciparam na viagem de volta ao Grande Lar, e que, numa canção de júbilo, agradecem a Deus a honra de participarem da Era Nova do Espírito imortal.
Tornai-vos sábios na simplicidade, na cordura, na gentileza e ricos na compaixão.
O amor cobre a multidão dos pecados e a compaixão coroa o amor de ternura.
Começando por agora, aqui, o trabalho de lapidação do caráter para melhor, conseguireis, como estamos tentando conseguir, a palma da vitória.
Nada que vos atemorize. Que mal podem fazer aqueles que caluniam, que mentem, que perseguem, se tudo quanto fizerem perde o seu sentido no túmulo? Jornaleiros da imortalidade, avançai cantando Jesus para os ouvidos mocos do mundo, e apresentando-O para os que se ocultaram nas furnas da loucura, das sensações e do despautério.
Hoje é o momento sublime de construir e, em breve, o momento de ser feliz.
Muita paz, meus filhos, com todo o carinho, o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra 


Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da conferência pública, realizada no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, na noite de 26 de agosto de 2010.

O TRABALHO, ENFIM: Nosso Lar - Parte VIII



Esquecendo-se do honroso título de médico, André Luiz aceita a tarefa humilde de "observador" das tarefas rudes das Câmeras de Retificação, no Ministério do Auxílio. Junto com Tobias e Narcisa, ouve esclarecimentos acerca das entidades ali acolhidas, ainda presas às sensações e interesses inferiores e exalando desagradáveis emanações. Mas é numa câmara anexa, onde repousam os "semi-mortos", segundo Tobias, que André inicia o seu trabalho. Após o passe, vertem essas entidades uma substância negra e tóxica pela boca, colocando-se Narcisa à tarefa de limpeza, em vão. Instintivamente André Luiz agarra-se aos petrechos de higiene e lança-se à tarefa com ardor.
Tobias e Narcisa aceitam com alegria o auxílio daquele que esquecia a medicina para iniciar a educação de si mesmo, na enfermagem rudimentar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

NA CASA DE LÍSIAS: Nosso Lar - Parte VII



Findo o tratamento, e recebendo alta do parque hospitalar onde se encontrava, com alegria recebeu o convite de Lísias para morar em sua casa. Lá, André conhece a mãe de Lísias, a senhora Laura, pessoa generosa e esclarecida, e que muito o auxiliaria na compreensão dos enigmas com os quais viria a se confrontar.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

OS MINISTÉRIOS: Nosso Lar - Parte VI


Narra André: "Decorridas algumas semanas de tratamento ativo, saí, pela primeira vez, em companhia de Lísias.
Impressionou-me o espetáculo das ruas. Vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranqüilidade espiritual. Não havia, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, porque as vias públicas estavam repletas. Entidades numerosas iam e vinham. Algumas pareciam situar a mente em lugares distantes, mas outras dirigiam-me olhares acolhedores. Incumbia-se o companheiro de orientar-me em face das surpresas que surgiam ininterruptas. Percebendo-me as íntimas conjeturas, esclareceu solícito:
- Estamos no local do Ministério do Auxílio. Tudo o que vemos, edifícios, casas residenciais, representa instituições e abrigos adequados à tarefa de nossa jurisdição. Orientadores, operários e outros serviçais da missão residem aqui. Nesta zona, atende-se a doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral, ou aos que choram na Terra, estudam-se soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento.
- Há, então, em "Nosso Lar", um Ministério do Auxílio? - perguntei?
- Como não? Nossos serviços são distribuídos numa organização que se aperfeiçoa dia a dia, sob a orientação dos que nos presidem os destinos.
Fixando em mim os olhos muitos lúcidos, prosseguiu:
- Não tem visto, nos atos da prece, nosso Governador Espiritual, cercado de setenta e dois colaboradores? Pois são os Ministros de "Nosso Lar". A colônia, que é essencialmente de trabalho e realização, divide-se em seis Ministérios, orientados, cada qual, por doze Ministros. Temos os Ministérios da REGENERAÇÃO, do AUXÍLIO, da COMUNICAÇÃO, do ESCLARECIMENTO, da ELEVAÇÃO e da UNIÃO DIVINA. Os quatro primeiros nos aproximam das esferas terrestres, os dois últimos nos ligam ao plano superior, visto que a nossa cidade espiritual é zona de transição. Os serviços mais grosseiros localizam-se no ministério da Regeneração, os mais sublime no da União Divina. Clarêncio, nosso chefe amigo, é um dos Ministros do Auxílio.
Valendo-me da pausa natural, exclamei, comovido:
- Oh! nunca imaginei a possibilidade de organizações tão completas, depois da morte do corpo físico!...
- Sim - esclareceu Lísias -, o véu da ilusão é muito denso nos círculos carnais. O homem vulgar ignora que toda manifestação de ordem, no mundo, procede do plano superior. A natureza agreste transforma-se em jardim, quando orientada pela mente do homem, e o pensamento humano, selvagem na criatura primitiva, transforma-se em potencial criador, quando inspirado pelas mentes que funcionam nas esferas mais altas. Nenhuma organização útil se materializa na crosta terrestre, sem que seus raios iniciais partam de cima.
- Mas "Nosso Lar" terá igualmente uma história, como as grandes cidades planetárias?
- Sem dúvida. Os planos vizinhos da esfera terráquea possuem, igualmente, natureza específica. "Nosso Lar" é antiga fundação de portugueses distintos, desencarnados no Brasil, no século XVI. A princípio, enorme e exaustiva foi a luta, segundo consta em nossos arquivos no Ministério do Esclarecimento. Há substâncias ásperas nas zonas invisíveis à Terra, tal como nas regiões que se caracterizam pela matéria grosseira. Aqui também existem enormes extensões de potencial inferior, como há, no planeta, grandes tratos de natureza rude e incivilizada. Os trabalhos primordiais foram desanimadores, mesmo para os espíritos fortes. Onde se congregam hoje vibrações delicadas e nobres, edifícios de fino lavor, misturavam-se as notas primitivas dos silvículas do país e as construções infantis de suas mentes rudimentares. Os fundadores não desanimaram, porém. Prosseguiram na obra, copiando o esforço dos europeus que chegavam à esfera material, apenas com a diferença de que, por lá, se empregava a violência, a guerra, a escravidão, e, aqui, o serviço perseverante, a solidariedade fraterna, o amor espiritual.
A essa altura, antingíramos uma praça de maravilhosos contornos, ostentando extensos jardins. No centro da praça, erguia-se um palácio de magnificente beleza, encabeçado de torres soberanas, que se perdiam no céu.
- Os fundadores da Colônia começaram o esforço, partindo daqui, onde se localiza a GOVERNADORIA - disse o visitador.
Apontando o palácio, continuou:
- Temos, nesta praça, o ponto de convergência dos seis ministérios a que me referi. Todos começam da Governadoria, estendo-se em forma triangular.
E, respeitoso, comentou:
- Ali vive o nosso abnegado orientador. Nos trabalhos administrativos, utiliza ele a colaboração de três mil funcionários; entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e o mais fiel que todos nós reunidos. Os Ministros costumam excursionar noutras esferas, renovando energias e valorizando conhecimentos; nós outros gozamos entretenimentos habituais, mas o Governador nunca dispõe de tempo para isso. Faz questão que descansemos, obriga-nos a férias periódicas, ao passo que, ele mesmo, quase nunca repousa, mesmo no que concerne às horas de sono. Parece-me que a glória dele é o serviço perene. Basta lembrar que estou aqui há quarenta anos e, com exceção das assembléias referentes às preces coletivas, raramente o tenho visto em festividades públicas. Se pensamento, porém, abrange todos os círculos de serviço, sua assistência carinhosa a tudo e a todos atinge.
Depois de longa pausa, o enfermeiro amigo acentuou:
- Não faz muito, comemorou-se o 114o. aniversários da sua magnânima direção.
Calara-se Lísias, evidenciando comovida reverência, enquanto eu a seu lado contemplava, respeitoso e embevecido, as torres maravilhosas que pareciam cindir o firmamento... 



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

LÍSIAS: Nosso Lar - Parte IV


"É você o tutelado de Clarêncio?" A pergunta vinha de um jovem de singular e doce expressão.
"Sou Lísias, seu irmão. Meu diretor, o assistente Henrique de Luna, designou-me para servi-lo, enquanto precisar tratamento."
Lisias foi o prestimoso enfermeiro e amigo de André em seus primeiros tempos de Nosso Lar.

domingo, 12 de setembro de 2010

O MÉDICO ESPIRITUAL: Nosso Lar - Parte V

No dia imediato, após profundo e reparador repouso, André vê abrir-se a porta do quarto e entrar Clarêncio (o simpático velhinho que o socorrera), acompanhado por um simpático desconhecido. Sorridente, apresentou o companheiro: tratava-se de Henrique de Luna, do serviço de Assistência Médica da colônia espiritual.. Trajado de branco, traços fisonômicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-o demoradamente, sorriu e explicou:
- "É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio."
Singular assomo de revolta borbulhou no íntimo de André Luiz:
- "Creio haja engano - asseverou melindrado -, meu regresso do mundo não teve esta causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal..."
- "Sim, esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se em causas profundas. Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo."
Prossegue André: "Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos, encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga. Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito. Não me dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha."

EM NOSSO LAR: Nosso Lar - Parte IV


Frente à grande porta encravada em altos muros, coberto de trepadeiras floridas e graciosas, Clarêncio se deteve e, tateando um ponto na muralha, fez abrir-se as portas de "Nosso Lar".
Conta André Luiz: "Branda claridade inundava ali todas as coisas. Ao longe, gracioso foco de luz dava a idéia de um pôr do sol em tardes primaveris. À medida que avançávamos, conseguia identificar preciosas construções, situadas em extensos jardins."
Conduzido a confortável aposento de amplas proporções, ricamente mobiliado, esforçou-se por dirigir a palavra aos dois bondosos enfermeiros:
- "Amigos, por quem sois, explicai-me em que novo mundo me encontro... De que estrela me vem, agora, esta luz confortadora e brilhante?"
Um deles afagou s fronte de André, como se fora conhecido pessoal de longo tempo e acentuou:
- "Estamos nas esfera espirituais vizinhas da Terra, e o Sol que nos ilumina, neste momento, é o mesmo que nos vivifica o corpo físico. Aqui, entretanto, nossa percepção visual é muito mais rica. A estrela que o Senhor acendeu para os nossos trabalhos terrestres é mais preciosa é bela que a supomos quando no círculo carnal. Nosso Sol é a divina matriz da vida, e a claridade que irradia provém do Autor da Criação."

sábado, 11 de setembro de 2010

O SOCORRO: Nosso Lar - Parte III



E quando as energias faltaram de todo, quando André se sentiu absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para reerguer-se, ele pediu ao Supremo Autor da Natureza que lhe estendesse mãos paternais. Quanto tempo durou a rogativa? Quantas horas consagrou à súplica, de mãos postas, imitando a criança aflita? Estaria então completamente esquecido? Não era, igualmente, filho de Deus, embora não cogitasse de conhecer-lhe a atividade sublime quando engolfado nas vaidades da experiência humana? Ah, é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança.
Foi nesse instante que as neblinas espessas se dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho simpáticos sorriu-lhe paternalmente. Com os grandes olhos lúcidos, falou:
- "Coragem, meu filho! O Senhor não desampara."
Após ver André devidamente socorrido por seus dois ajudantes, esclareceu:
- "Vamos sem demora. Preciso atingir "Nosso Lar" com a presteza possível."

Oração de São Francisco


O Anjo Servidor

Quando o anjo servidor, em trabalho inadiável, alcançou o pátio repousante, onde se aglomeravam desencarnados diversos, olhou de relance para ver se descobria alguém que com ele cooperasse na tarefa que o deslocava do Céu.
Necessitava de companheiro recém-vindo da Terra e, aproximando-se das almas recentemente desembarcadas no Além, procurou, lesto, entre elas, o colaborador nas condições exigidas.
Explicou seus objetivos em poucas palavras e dirigiu-se o cavalheiro de semblante grave, perguntando:
- Meu irmão, quais são os seus planos?
– Estou aguardando a minha entrada no banquete divino – redargüiu o interpelado, sem cerimônia –, fui católico, apostólico romano. Servi a diversas congregações, jamais perdi a santa missa. Confessava-me regularmente. Recebi, centenas de vezes, a sagrada partícula, extasiado e feliz. Respeitei os sacerdotes e beijei, reverente, o anel dos meus pastores. Distribuía esmolas pela conferência a que me filiara. Honrei a memória dos santos com dilatadas penitências.
Fixou o horizonte distanciado, persignou-se e rematou:
– Louvado seja o Senhor que me salvou pelo mistério do Santíssimo Sacramento! Entrarei, contrito, na Corte Celeste! Aleluia! Aleluia!…
O emissário de Mais Alto aprovou-o, com um gesto silencioso, e passou adiante.
Pousando a atenção noutro recém-desencarnado, indagou:
– Amigo, que esperas por tua vez?
– Eu ?! – suspirou – busco a herança de meu Deus. Vivi na religião reformada. Guardei a fé, acima de tudo. Nunca faltei aos meus cultos.
Fiz a leitura diária da Bíblia, enquanto estive na Terra. Defendi os ideais evangélicos, ardorosamente. Fui combatente de Cristo, condenando-lhe os inimigos. Contava com a remuneração de meus serviços, no Juízo Final; no entanto, reconheço hoje que a minha gloria pode ser apressada. Habitarei a direita de meu Senhor para sempre.
O anjo fez sinal de aprovação e passou a um terceiro.
– Que aguardas, irmão? – interrogou ele.
Radiante, o novo interlocutor observou:
– Fui espiritista. Preparo-me gostosamente para a jornada em demanda dos mundos, felizes.
Doutrinei os espíritos das trevas. Pratiquei a caridade em todos os setores. Fui simples e paciente.
Em tempo algum estive ausente das minhas sessões. Cultivei a pregação sistemática dos princípios que abracei, em nome de Deus. Confiei-me invariàvelmente aos Bons Espíritos. Agora, como é natural, entrarei na posse dos meus bens eternos.
O missionário angélico aprovou-o igualmente e auscultou o seguinte:
– Que projeto traçaste, amigo? – inquiriu atencioso.
– Eu? eu? – gaguejou o companheiro a quem se dirigira, – para exprimir-me com verdade, nem eu mesmo compreendo minha presença entre os justos e piedosos. Fui trazido a este recinto constrangidamente.
E, em pranto mal contido, acrescentou, desaponto:
– Fui ateu, por infelicidade minha. Não admitia a sobrevivência da alma. Não sei, francamente, se cheguei a praticar algum bem no mundo. Apenas busquei sempre a execução dos meus deveres de humanidade, atendendo às diretrizes da reta consciência. Procurei levantar os fracos e os abatidos e proporcionar ensejos de aprendizado e serviço a ignorantes e ociosos como se o fizesse a mim mesmo, sem nenhum propósito de ser recompensado na paisagem que me surpreende. Tantos sofredores, porém, encontrei no caminho terrestre e tanto trabalho vi no Planeta aguardando braços fortes e generosos que, sabendo hoje da existência de uma Justiça Misericordiosa e Infalível no Céu, muito me envergonho da descrença que adotei na Terra, embora procurasse lutar para ser um homem digno, e, se me fosse concedido formar algum projeto, devo assegurar que meu único desejo é regressar à Terra e cooperar mais ativamente na felicidade dos nossos semelhantes.
Com surpresa, o anjo abraçou-o e convidou-o a segui-lo, esclarecendo:
– Sim, vamos. Todos os que permanecem neste este átrio de repouso merecem a bênção divina. O católico, o reformista, o espiritista e o incrédulo, suscetíveis de serem erguidos até aqui, foram, homens de elevada expressão na melhoria do mundo. Todavia, para servir imediatamente mo meu lado, prefiro o irmão que não tenha o pensamento prisioneiro do salário celestial. Preciso de um cooperador liberado das complicações de pagamento. A conta prévia costuma dificultar o trabalho.
E, sem mais delonga, desceu em companhia do ex-materialista a fim de atender a serviço urgente na Terra.

Pelo Espírito Irmão X 
Do livro: Luz Acima
Médium: Francisco Cândido Xavier

11 /09/2001: A imprevisibilidade do previsível


Estamos em um momento delicado, espiritualmente falando, e devemos tomar consciência de nossa caminhada no Mundo Material rumo à evolução espiritual. A fé raciocinada é essencial neste momento de transição, já que a crença cega pode ser prejudicial, pois muitos verão nessa catástrofe como alguma premonição, vinda do Antigo Testamento, relacionada com o fim do mundo. Porém, na realidade, não se trata do fim, mas do começo ou recomeço, a fim de que as coisas tomem um desenrolar diferente e saibamos que não estamos aqui por acaso. Nosso tempo é curto; por isso, temos de aproveitá-lo para realizar obras edificantes em prol das outras pessoas, já que não levamos nada daqui a não ser a experiência adquirida e as boas ações.
Para entendermos melhor essa passagem, vejamos o que dizem os Espíritos em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “A revolução que se prepara é mais moral do que material; os Espíritos, mensageiros do Senhor, inspiram a fé para que todos vós, companheiros da Doutrina iluminados e ardentes, façais ouvir a vossa voz humilde. Sois o grão de areia, mas sem grãos de areia, não haveria montanhas, portanto, que estas palavras: ‘Somos pequenos’, não tenham mais sentido para vós. Cada um tem sua missão, cada um tem seu trabalho. A formiga não constrói seu formigueiro e os animaizinhos insignificantes não erguem continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal e não da guerra, São Bernardos modernos, olhai e andai para a frente! A lei dos mundos é a lei do progresso”.
Vivemos em um mundo de expiação e prova, ou seja, o mal prevalece sobre o bem. Se fizermos alta-análise profunda, veremos quão materialistas e individualistas nós somos. Assim, somente uma tragédia pessoal ou mundial faz com que o ser humano pare e reflita que não está sozinho, que deve pensar no todo e não de forma egoística. A catástrofe de 11 de setembro serviu para que muitas coisas fossem colocadas à prova, entre elas, o conceito de que não existe um lugar sequer no mundo, atualmente, que esteja seguro de um ataque terrorista, por mais rico e poderoso que seja.
As catástrofes não acontecem por acaso, são formas pelas quais a espiritualidade deixa marcados em nossa mente fatos que gerem profundas reflexões civis e políticas. No momento em que o primeiro avião colidiu com o World Trade Center, dois cineastas franceses filmavam uma operação corriqueira de homens do corpo de bombeiro no conserto de um vazamento de gás vindo da rua e captaram o fato. Quando o segundo avião atingiu as torres, pude contar que o choque foi filmado em quatro ângulos diferentes. Seria apenas coincidência? Claro que não. As duas colisões ficaram gravadas para a eternidade nestas câmeras, imagens que, depois, foram transferidas para a nossa mente. Isso sem contar os diversos amadores que, naquele momento, possuíam uma filmadora ou máquina fotográfica e que também registraram a tragédia. Agora, por que o choque com o Pentágono não foi filmado? Porque não traria ao mundo o mesmo impacto gerado pelas torres gêmeas, que eram um símbolo do poder norte-americano, nas quais milhares de pessoas transitavam diariamente, em número muito superior ao das atingidas na sede máxima do exército dos Estados Unidos.
Quanto aos seqüestradores suicidas, eles devem responder por seus atos indignos. Provavelmente, reencarnarão com problemas seríssimos no organismo físico, em virtude dos males que causaram, isso se não forem transmigrados para outro planeta, inferior ao nosso, no qual a sintonia dos que ali habitam seja a mesma destes terroristas. Isso não quer dizer, porém, que seja uma regressão espiritual, pois terão todos os conhecimentos adquiridos em seu inconsciente, mas estarão em um lugar no qual sua harmonia é compatível com a dos demais.
Mas o leitor deve estar se perguntando: se tinha que acontecer essa catástrofe, por que os culpados devem ser punidos?. Bem, as tragédias não têm que acontecer, elas se realizam porque nós as provocamos, já que não cometeríamos atos indisciplinados caso tivéssemos uma evolução espiritual maior. Vários tipos de almas se encontram no planeta Terra e podemos dizer que as dos seqüestradores, pelo ato cometido, eram primitivas. A situação é tão perigosa que, no Mundo Espiritual, existem falanges do mal prontas para influenciar almas que pensam como eles, auxiliando-as nas estratégias destas tramas maléficas. Além disso, devemos lembrar do que Jesus disse: “é necessário que sucedem os escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo”.
Com relação às pessoas inocentes que morreram nessa tragédia de 11 de setembro, tratou-se de uma desencarnação coletiva. Aqueles indivíduos tinham que passar por uma expiação ou um resgate múltiplo, mas o fato não justifica a ação dos seqüestradores, pois estariam exercendo a função de instrumentos de Deus. Devemos ter a certeza de que a espiritualidade deu todo o suporte necessário a esses Espíritos nesse momento tão difícil e trágico pelo qual passaram. As nossas orações serviram e servem como um bálsamo; o ectoplasma que emana de nosso corpo físico através de nossos chacras, poros e orifícios é levado às vítimas pelas equipes de assistência extrafísica, auxiliando o ajuste vibracional destes corpos espirituais que desencarnaram.
Também pudemos presenciar Espíritos evoluídos e dedicados, como os bombeiros, que salvaram muitas vidas. Enquanto subiam as torres gêmeas a caminho da morte, eles guiavam as pessoas para o rumo certo, fazendo-as saírem com segurança daquele local. Os mais de 400 bombeiros que morreram na catástrofe são Espíritos que o Mundo Espiritual colocou no momento exato para o auxilio do bem e que cumpriram suas missões com determinação.
O mundo não é o mesmo depois desta tragédia. Não quero dizer, com isto, que todos mudaram seus conceitos da noite para o dia, pelo contrário. Muitos têm mais ódio ainda no coração, principalmente os norte-americanos, que sofreram diretamente essas desforras e as encaram como uma humilhação para a chamada “maior nação do planeta”. As mudanças são vistas de maneira gradativa, às vezes, muito lentas aos nossos olhos; mas, aos poucos, tomam forma de um processo para a paz. A caminhada é longa; porém, muito gratificante. Muitas conversas diplomáticas são realizadas, da mesma maneira que outros atentados são evidenciados, mas devem ter um tratamento especial daqui para frente, no qual não existe mais o forte e o fraco, mas a inteligência mútua. Todos dependem de todos nesta batalha contra o mal, desde o país mais pobre materialmente até o mais rico e “poderoso”.
O incentivo à democracia e à abertura do mercado no Oriente Médio é uma grande saída para todos, uma vez que devemos ter liberdade de expressão e não sermos submetidos a governos medievais e radicais. Devemos ajudar os povos árabes neste processo de democracia para que possamos viver em paz, sem tragédias, autoritarismo ou idéias impostas por nações hegemônicas como os Estados Unidos, que submetem países pobres a dificuldades ainda maiores. Ressaltemos também que esses extremistas que se dizem islâmicos são uma minoria, pois a grande maioria dos mulçumanos condena estes atos suicidas, considerando-os uma grande ofensa a Alá por atentarem contra o dom da vida.
Para concluir, deixo as palavras finais de Joanna de Angelis em Após a Tempestade...: “No amor e no conhecimento das leis de causa e efeito, haurirá o homem do porvir, desde hoje, a força moral e espiritual para a sua elevação e, conseqüentemente, para a instalação do primado da paz, que se alongará pelos tempos sem fim”.

Revista Cristã de Espiritismo, edição nº. 18, ano 2002. 



* Parte do artigo "Guerras e Terrorismo", de Marco Túlio Michalick. 
Artigo publicado no Portal Panorama Espírita - A sua enciclopédia espírita digital, em 08/12/2006. 

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Mensagem de Rosh Hashaná 5771


Mais um ano está terminando. Baruch Hashem, chegamos ao término de mais um ciclo do Shabat Shalom M@il. "Shehecheianu Vekiimanu Vihiguianu Lazman Hazé" (Bendito seja D'us, que nos manteve vivos, nos sustentou e nos fez chegar até este momento). O ano de 5770 fica para trás e já nos preparamos para as realizações e o crescimento espiritual que almejamos para o ano de 5771.
 
Para dividir um pouco da alegria que eu sinto por semanalmente escrever o Shabat Shalom M@il, gostaria de ilustrar meus sentimentos com uma linda história:
 
"Contam que um homem, ao caminhar na praia, avistou uma pessoa que repetidamente se inclinava, apanhava algo na areia e atirava no mar. Ao se aproximar, notou que o rapaz pegava estrelas do mar que haviam sido levadas para a praia e as lançavam de volta à água. Aproximou-se e perguntou o que ele estava fazendo. O rapaz explicou:
 
- Estou devolvendo estas estrelas do mar ao oceano. Todas as estrelas do mar foram trazidas para a praia e, se eu não as lançar de volta ao mar, elas morrerão por falta de oxigênio.
 
- Entendo - respondeu o homem - mas deve haver milhares de estrelas do mar nesta praia, você não será capaz de apanhar todas elas. Além disso, há centenas de praias acima e abaixo desta costa. Você não entende que não fará diferença alguma?
 
O rapaz sorriu, curvou-se, apanhou outra estrela do mar e, ao arremessá-la de volta ao mar, disse:
 
- Para esta fez diferença"
 
Mudar o mundo não é uma tarefa fácil. Mas se cada um de nós fizer a sua parte, der a sua contribuição, ao menos acreditar que o mundo pode ser muito melhor, teremos dado mais um passo. A Torá não nos deixa desanimar, a Torá não nos deixa desistir.
 
Foi com esta motivação que, durante todo este ano, eu me dediquei a escrever o Shabat Shalom M@il. O Pirkei Avót nos ensina: "Não estamos obrigados a terminar o trabalho, mas isso não nos isenta de participar dele". Sinto muita alegria de poder dar esta contribuição semanal, na esperança de que, para cada um de vocês, esta pequena porção de Torá semanal tenha feito a diferença. No escritório na Sexta feira de manhã, em casa ou na mesa de Shabat, espero que o Shabat Shalom M@il possa ter trazido para cada família um pouco mais de luz e entendimento.
 
Agradeço a todos os leitores do Shabat Shalom M@il, por todos os incentivos, elogios e sugestões. Agradeço muito à minha família, pelo apoio e pelo carinho constantes. E acima de tudo, agradeço a D'us pela oportunidade de poder espalhar pelo mundo a beleza e a profundidade dos ensinamentos da nossa sagrada Torá. Espero que, para cada um de vocês, os Shabat Shalom M@il possam ter feito a diferença. Que possam ter levado à reflexão, à mudanças de atitude, à uma nova forma de ver a vida e o mundo.
 
Que todos tenham um ano com muita saúde, com muita paz, com muitas alegrias e conquistas, com Parnassá Tová (bom sustento) e principalmente com muita Torá. E que finalmente seja o ano da vinda do Mashiach.
 
Shaná Tová para todos.
 
Com carinho
 
Rav Efraim Birbojm 
 

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RAV EFRAIM BIRBOJM
São Paulo, Brazil
Fonte: Blog Rav Efraim Birbojm
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