Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não
fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura.
Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples
do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente
consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos
destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados.
Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que
a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um
verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas.
São parte integrante e inalienável dos grandes feitos.
Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas:
"Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?"
Livro Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel, psicografia Francisco Cândido Xavier.
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