Seja onde for, abençoa para que a benção dos outros te acompanhe. Todas as criaturas e
todas as coisas te respondem, segundo o
toque de tuas palavras ou de tuas mãos. Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de
abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á
com gratidão e alegria. Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva e teu carinho e a árvore
de tua casa abençoar-te-á com o perfume
da flor e com a riqueza do fruto. Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o
azorrague da censura, dele receberás a mágoa
e a desconfiança. Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à
flagelação, dele obterá rebeldia e aspereza.
Abençoe o mal, e rogue aos céus proteção contra a crueldade. E Abençoe as vítimas para
que se refaçam, de modo a extinguí-lo. Não
será justo que abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável que abençoes o
teu órgão doente, para que com mais
segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e
desequilíbrio. Não amaldiçoes nem mesmo por
pensamento. A idéia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos
olhos, alucinação em nossos braços e
infortúnio em nossa vida. Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como
eximir-se da delinqüência. Abençoa o verbo
que te insulta e evitarás a extensão do revide. Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-
te-á preciosas lições. Abençoa o sofrimento
e o sofrimento regenerar-te-á. Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção. Não olvides
o Divino Mestre da Bênção. Jesus
abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a
Pedro, enfraquecido e vacilante,
transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela
plasmou o sinal da sublimação humana;
abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida; e, por fim, abençoou a própria cruz,
nela esculpindo a vitória da ressurreição
imperecível. Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoara a tua passagem para
sempre. O Trabalho Após a tensão
experimentada no trânsito sufocante, chegas invariavelmente ao local de trabalho, com mau
humor, cansaço ou indisposição. Relacionas
então as necessidades que deves suprir, e sofres sob a conjuntura que se te impõe, no
trabalho diário. Vês outros indivíduos que
parecem prósperos e felizes, usufruindo benefícios da vida, que nunca te chegaram, e a
amargura começa a aninhar-se no teu
sentimento doído. * Evita cair no desalento, face à insinuação falsa. O trabalho é dom da
vida, que dignifica e mantém o homem. Em
toda parte o trabalho se impõe como lei mantenedora do equilíbrio. Sem ele tudo retornaria
ao caos do princípio, e os objetivos
superiores naufragariam no tédio e na ociosidade doentios. Busca, portanto, motivação para
fazeres bem o teu trabalho, renovando- te
nele e nele colocando os teus melhores empenhos, de modo a te enriqueceres de justa
gratificação emocional em relação ao teu
maravilhoso meio de ganhar com nobreza o pão diário.
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