“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Globo Reporte - Mediunidade estudo da ciência


NO LIVRO DOS ESPIRITOS, ESCRITO NO SÉCULO XIX, OS ESPIRITOS, DISSERAM QUE CHEGARIA UMA ÉPOCA QUE, EM CADA FAMILIA, HAVERIA AO MENOS UM MEDIUM. E ESSA EPOCA É AGORA! 

Todos somos médiuns, é verdade; porém, em graus bem diferentes. Muitos o são e ignoram-no; mas não há homem sobre quem deixe de atuar a influência boa ou má dos Espíritos. Vivemos no meio de uma multidão in¬visível que assiste, silenciosa, atenta, às minudências de nossa existência; participa, pelo pensamento, de nossos trabalhos, de nossas alegrias e de nossas penas. Nessa multidão ocupa lugar a maior parte daqueles que encontra¬mos na Terra, e de quem seguimos até ao campo fúnebre os pobres e cansados despojos. Parentes, amigos, indife¬rentes, inimigos... subsistem todos e são arrastados pela atração dos hábitos e das recordações para os lugares e para os homens a quem conheceram. Essa multidão invi¬sível influencia-nos, observa-nos, inspira-nos, aconselha--nos e, mesmo, em certos casos, persegue-nos e obsi¬dia-nos com seu ódio e sua vingança.

Todos os escritores conhecem esses momentos de ins¬piração, em que o pensamento se ilumina com claridades inesperadas, em que as ideias deslizam, como uma cor¬rente, debaixo da pena. Quem de nós, nas ocasiões de tristeza, de acabrunhamento, de desespero, não se sentiu algumas vezes reanimado, reconfortado por uma ação misteriosa e íntima? E os descobridores, os guias do pro¬gresso, todos esses que lutam por engrandecer o domínio e o poder da Humanidade, não têm sido todos eles beneficia¬dos com o socorro invisível que os nossos antepassados lhes trazem nas horas decisivas? Os escritores subitamen¬te inspirados, os descobridores repentinamente esclareci¬dos são outros tantos médiuns intuitivos e inconscientes. Em certas pessoas, a faculdade de comunica-se com os Espíritos reveste uma forma mais clara, mais acentuada. Alguns médiuns sentem a mão arrastada por uma força estranha e cobrem o papel de conselhos, avisos e ensinos variados. Outros, ricos em fluido vital, vêem as mesas se agitarem debaixo de seus dedos e obtêm, por meio de pancadas tangidas nesses móveis, comunicações mais lentas, porém mais nítidas e apropriadas a convencer os incrédulos. Ainda outros, mergulhados no sono mag¬nético pela influência dos Espíritos, abandonam a direção de seus órgãos a esses hóspedes invisíveis, que deles se utilizam para conversar com os encarnados como no tem¬po de sua vida corpórea. Nada mais estranho e mais fri-sante do que ver desfilar sucessivamente no corpo delgado e delicado de uma senhora, e até de uma mocinha, as personalidades mais diversas, o Espírito dum defunto qualquer, dum padre, duma criada, dum artista, revelan¬do-se por atitudes características, pela linguagem que lhes era familiar durante a existência terrena.

Livro: Depois da Morte, Leon Denis.




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