“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Goste das pessoas



Kent não era mais do que um adolescente quando aprendeu, com seu amigo da mesma idade, uma das lições que mais lhe encheram de prazer a vida.

Ambos estavam estudando e, da janela, observaram um dos professores atravessando o estacionamento.

Kent explicou a Craig que não gostaria de reencontrar aquele instrutor. No semestre anterior, ele e o professor tinham se desentendido.

O cara não gosta de mim - finalizou.

Craig observou o professor e falou:

Talvez você esteja se afastando porque tenha medo de ser rejeitado. E ele provavelmente acha que você não gosta dele, por isso não é simpático com você. Por que não vai falar com ele?

Hesitante, Kent desceu as escadas, cumprimentou o professor e perguntou como tinha sido seu período de férias.

Ele se mostrou surpreso, mas respondeu. Juntos caminharam um pouco e conversaram.

O amigo tinha lhe ensinado algo simples. As pessoas gostam de quem gosta delas. Quando se mostra interesse por elas, elas se interessam por nós.

A partir daquele dia, o mundo se transformou para Kent numa grande descoberta.

Certa vez, viajando de trem pelo Canadá, ele começou a conversar com um homem que todos evitavam, porque cambaleava e enrolava a língua, ao falar. Todos pensavam que ele estivesse bêbado. Em verdade, ele estava se recuperando de um derrame.

Tinha sido engenheiro naquela mesma linha férrea e passou a viagem contando histórias fascinantes passadas naquela ferrovia.

Quando o trem foi se aproximando da estação, ele segurou a mão de Kent e agradeceu por ele ter ouvido, com tanta atenção.

Mas Kent sabia que o prazer tinha sido muito maior para ele próprio.

Em um outro momento, em uma esquina barulhenta, numa cidade da Califórnia, uma família o parou pedindo informações. Eram turistas da isolada costa norte da Austrália.

Em pouco tempo, tomando café, eles encheram de conhecimento a sua cabecinha, com histórias sobre lugares e costumes que possivelmente ele nunca teria conhecido.

Cada encontro se tornou uma aventura. Cada pessoa, uma lição de vida. Ricos, pobres, poderosos e solitários: ele percebeu que todos tinham tantos sonhos e dúvidas quanto ele mesmo.

Todos tinham uma história única para contar. Bastava alguém querer ouvir.

Uma jovem esteticista lhe confidenciou a alegria que tinha sentido ao ver os moradores de um asilo, sorrindo, depois que ela cortou e penteou seus cabelos.

Um guarda de trânsito revelou como tinha aprendido alguns dos seus gestos, observando toureiros e maestros.

Até mesmo um andarilho, com a barba por fazer, lhe contou como tinha conseguido alimentar sua família durante o período da depressão, nos Estados Unidos, recolhendo peixes atordoados que flutuavam na superfície, depois de explosões na água.

Em suma, todas as pessoas tinham histórias para contar. Histórias ricas de experiências. E todas sonhavam com alguém que as quisesse ouvir.

Pensamento

Parafraseando Francisco de Assis, poderíamos pensar em uma oração, mais ou menos assim:

Senhor, permita que eu procure muito mais ouvir do que ser ouvido; muito mais ver do que desejar ser visto.

Finalmente: que eu aprenda a gostar das pessoas primeiro, e faça as perguntas depois, para que eu possa descobrir, com alegria, que a luz que projeto nos outros, se reflete em mim mesmo, multiplicada por cem.



 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Goste das pessoas primeiro, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Kimberly Kirberger, ed. Sextante.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Filhos segundo José Saramago


Filho é um ser, que nos emprestaram:
Para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos; de como mudar nossos piores defeitos, para darmos os melhores exemplos; de aprendermos a ter coragem.

Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo!

José Saramago

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pensamento do dia...

Há um lugar especial na vida que necessita do seu conhecimento e um determinado serviço que ninguém mais pode fazer. Com o tempo você o descobrirá e, mesmo que lhe pareça inútil, não tente mudá-lo nem por um momento, mesmo que você possa.
 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Caridade e Você


Acredita você que só a caridade pode salvar o mundo; entretanto, não se demore na posição de comentarista.
Não nos diga que é pobre e incapaz de contribuir na campanha renovadora da sublime virtude.
Senão vejamos: Se você destinar a quantia correspondente a um refrigerante ou um aperitivo em cinco doses, segundo os seus hábitos, aos serviços de qualquer hospital, no fim de um mês haverá mais decisiva medicação para certo doente.
Se você renunciar ao cinema de uma vez em cada cinco, endereçando o dinheiro respectivo a uma creche, ao término de duas ou três semanas, a instituição contará com mais leite em favor das crianças necessitadas.
Se você suprimir um maço de cigarros em cada cinco de seu uso particular, dedicando o fruto dessa renúncia a uma casa erguida para os irmãos distanciados do conforto doméstico, em breve tempo o agasalho devido a eles será mais rico.
Se você economizar as peças do vestuário, guardando a importância equivalente a uma delas em cada cinco, para socorro ao próximo menos feliz, no fim de um ano disporá você mesmo de recursos suficientes para vestir alguém que a nudez ameaça.
Não espere pela bondade dos outros.
Lembre-se daquela que você mesmo pode fazer.
É possível que você nos responda que o supérfluo é seu próprio suor, que não nos cabe opinar em seu caminho e que o copo e o filme, o fumo e a moda são movimentados à sua custa.
Você naturalmente está certo na afirmativa e não seremos nós quem lhe contestará semelhante direito.
A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros, para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
Todavia, nosso lembrete é apenas uma sugestão aos companheiros que acreditam na força da caridade e só ganhará realmente algum valor se houver algum laço entre a caridade e você.

Xavier, Francisco Candido. Da obra: O Espírito da Verdade. Ditado pelo Espírito André Luiz. FEB. 

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Heroísmo e valores


São heróis anônimos de todos os dias. Mereceriam ser condecorados, pelo amor ao semelhante que demonstram, arriscando suas próprias vidas.

Vez ou outra, quando um deles realiza um ato tido como heroico e é filmado, recebe homenagens.

No entanto, eles arriscam suas vidas todos os dias, adentrando em meio às chamas, à fumaça, para retirar crianças, velhos, adultos de situações de risco. Dominam alturas ou descem a baixadas, entram em túneis, tudo em nome do amor.

Sim, porque alguém que assim procede, arriscando-se todos os dias, não pode simplesmente fazê-lo pelo salário que recebe. Necessita, e muito, amar a sua profissão e as pessoas.

São criaturas sensíveis que, vez ou outra, realizam partos de emergência e se emocionam.

São homens que enfrentam o perigo para salvar vidas e quando resgatam crianças, bebês, as levam ao colo, como se fossem seus próprios filhos.

São os heroicos bombeiros.

Recordamos que, em 5 de janeiro de 1996, um bombeiro americano em busca de sobreviventes, em um apartamento, encontrou a morte em meio às chamas.

Ele tinha apenas 38 anos e sua esposa estava grávida do terceiro filho. Filho que ela daria à luz no mês seguinte.

Jimmy Williams era um homem de 1 metro e 92 e realizava sua tarefa com amor. Tinha formas interessantes de enfrentar o perigo.

Chamava um incêndio de um passeio na fumaça e brincava com o tamanho dos demais colegas, dizendo que os oficiais de resgate estavam cada vez menores.

Para o seu funeral, um outro bombeiro escreveu um poema que traduzia exatamente o pensamento de Jimmy:

Irmão, quando chorares por mim lembra-te de que tinha de ser assim.

Enterra-me antes de ir embora. E lembra-te de que estarei contigo a toda hora. E enquanto enxugas os olhos tem em mente todos os anos que passei prazerosamente.

E por haver realizado o trabalho que amava tanto, rezo para que essa certeza te alivie o pranto.

* * *

Jesus afirmava que não havia maior amor do que o do amigo que dá a vida por seu amigo.

Que se poderá dizer desses seres extraordinários que arriscam a sua vida para salvar uma vida ou muitas vidas?

Vidas de criaturas que eles não conhecem, jamais viram ou ouviram falar.

Jesus também afirmou que aquele que desejar salvar sua vida, perdê-la-á e aquele que a perder, salva-la-á.

Os bombeiros são, sem sombra de dúvida, lições vivas de doação de si mesmo, por amor aos seus irmãos.

Quando orarmos, no altar do nosso coração, pelos amigos, pelos amores, recordemos de envolver em vibrações de gratidão esses homens, soldados do fogo, devotados servidores do bem.

Oremos por eles, por suas famílias, esposa, mãe, filhos. Seja esse o nosso preito de gratidão por tanta dedicação.
 

Redação do Momento Espírita, com base em fato extraído do artigo Passeio na fumaça, de Seleções Reader´s Digest, setembro de 1998.

domingo, 25 de setembro de 2011

Para que discutir? Repare que, muitas vezes, um pequenino gesto, uma simples ação de benefício equivale a milhares de palavras, que o vento leva. Um exemplo vale mais do que muitos discursos. Que adianta pregar aos outros se você não pratica?
 

sábado, 24 de setembro de 2011

Arte de Ouvir


Onde quer que te encontres, de uma ou de outra forma, despertarás o interesse de alguém.
Algumas pessoas poderão arrolar-te como antipático e até buscarão hostilizar-te.
Outras se interessarão por saber quem és e o que fazes.
Inúmeras, no entanto, te falarão, intentando um relacionamento fraterno.
Cada qual sintonizará contigo dentro do campo emocional em que estagia.
Como há carência de amigos e abundância de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando por encontrar compreensão.
Em razão disso, todos falam, às vezes simultaneamente.

*
Concede, a quem chega, a honra de o ouvir.
Não te apresses em cumulá-lo de informações, talvez desinteressantes para ele.
Silencia e ouve.
Não aparentes saber tudo, estar por dentro de todos os acontecimentos.
Nada mais desagradável e descortês do que a pessoa que toma a palavra de outrem e conclui-lhe a narração, nem sempre corretamente.
Sê gentil, facultando que o ansioso sintonize com a tua cordialidade e descarregue a tensão, o sofrimento...
No momento próprio, fala, com naturalidade, sem a falsa postura de intocável ou sem problema.
A arte de ouvir é, também, a ciência de ajudar.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 17. LEAL. 

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pense nisto!

Por que vai aborrecer-se pelo que disseram de você? Vamos, levante sua cabeça e siga em frente! Caminhe seguro, porque aqueles que falam de você vão ficar parados atrás, sem progredir. E quando eles perceberem, você já progrediu tanto que eles o perderam de vista...
 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Predições do Apocalipse


Quando se fala em Apocalipse, muitas pessoas sentem um calafrio. É como se essa palavra significasse algo muito terrível.

No entanto, a palavra apocalipse é de origem grega, e significa revelação.

O último livro da Bíblia intitula-se Apocalipse, e traz algumas previsões recebidas pelo apóstolo João, enquanto estava isolado na ilha de Patmos.

Ele teve, através da visão psíquica, ou mediunidade, a revelação de algumas situações futuras, que descreveu numa linguagem simbólica.

No capítulo 21, versículo 4, lemos: Naquele tempo não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho, porque o que era antes terá passado.

Embora a predição tenha sido há mais de vinte séculos, essa época predita no Apocalipse é chegada.

Uma breve análise torna clara e racional essa visão que João teve do futuro.

Os Espíritos que fizeram essas revelações a João, sabiam qual seria o destino dos homens, pois eles próprios já fizeram essa trajetória.

Sabiam que, com o passar dos séculos, os Espíritos matriculados na escola chamada Terra, evoluiriam.

Desenvolveriam suas inteligências e compreenderiam melhor as leis divinas.

Ao afirmarem: Naquele tempo não haverá mais gritos, é que anteviam os progressos que se realizariam no seio da Humanidade, trazendo as luzes das ciências que evidenciam uma inteligência superior na administração da vida.

Sabiam que as luzes da razão se acenderiam e os homens entenderiam que acima do Universo, onde se move o pequeno planeta Terra, reina a Sabedoria Divina.

Entendidos o tempo e o espaço, a eternidade surgiria como única alternativa lógica. E Deus seria a resposta sensata para as leis que regem com perfeição o Universo inteiro.

Sem dúvida não pode mais haver gritos para aquele que entende Deus e Seus atributos de infinita sabedoria, justiça e amor.

Quando o homem abandona o campo da crença e abre-se para o conhecimento, sua razão consente em submeter-se às sábias leis, que reconhece justas.

O Apocalipse afirma: Não haverá mais luto.

Isso faz sentido desde que admitimos que nossos afetos que partiram para o mundo espiritual, não estão perdidos, mas apenas ausentes.

Ora, ninguém veste luto por amigo ou parente ausente.

Mas o Apocalipse também diz que não haverá mais trabalho.

É que, quando se compreende o seu objetivo para a harmonia do Universo, o trabalho torna-se um prazer, e as tarefas passam a ser executadas com a solicitude do estatuário que se põe a polir a sua estátua.

Não haverá mais o trabalho da forma que o entendemos hoje, e sim como uma excelente oportunidade de crescer que nos é concedida pelo Criador.

Com essa análise, as palavras do Apocalipse ganham novo sentido, e entendemos melhor o que significam essas previsões:

Naquele tempo não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho, porque o que era antes terá passado.

Realmente o que era antes já passou.

Foi um tempo em que a Humanidade ainda era relativamente infantil, e não conseguia vislumbrar os dias melhores que estavam por vir.

Todavia, como o progresso é Lei Divina, fomos conhecendo a Verdade e ela nos libertou da ignorância sobre esses temas.

Agora fica mais fácil entender a assertiva de Jesus, quando disse: Antes que esta geração passe, acontecerão grandes coisas.

Ora, a geração a que Jesus se referiu, é a Humanidade terrestre, homens e Espíritos.

Uns no corpo físico e outros fora dele, mas todos, sem exceção, confiados aos cuidados desse Irmão Maior, que conhecemos como Jesus Cristo.



 
Redação do Momento Espírita, com base em matéria publicada na Revista Espírita de março de 1868, intitulada A regeneração (Instrução dos Espíritos).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Questão de Escolha


Procure um delinquente e encontrará muitos malfeitores. É necessário, então, que você possua imenso cabedal de amor para renová-los, sem fazer-se criminoso também.
*
Busque identificar uma falta e achará inúmeras. Chegando a essa situação, é imprescindível que você esteja bastante esclarecido para não acrescentar seus erros aos erros alheios.
*
Tente situar um espinho e vários virão ao seu encontro. Em face de tal contingência, é necessário que você permaneça eminentemente equilibrado para não ferir-se.
*
Fixe com demasiada atenção uma pedra da estrada e, em breve, o solo estará empedrado aos seus olhos. Depois disso, você necessitará de muita resistência para não sucumbir às asperezas da jornada.
*
Aproxime-se do bem, procure-o com decisão e a bondade virá iluminar seu caminho. Somente aí você surgirá perfeitamente armado para vencer na guerra contra a mal.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999. 

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Uma Importante Opção

Emília pertencia a uma família de classe média, em um país europeu que sofria crises e carestias, depois de uma prolongada guerra nacional. Fome e epidemias ameaçavam a toda a população polonesa.
Emília, desde pequena, tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cidadezinha nova, longe de familiares e conhecidos: Wadovice, a 30 km de Cracóvia.
Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garoto belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Chegaria a se formar em Medicina.
Alguns anos mais tarde, em 1915, Emília deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas, por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.
Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emília se encontrava em uma situação particularmente difícil.
Tinha cerca de 40 anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava, pouco a pouco, devido a uma doença congênita.
Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais crítica, pois havia sido muito afetado pela recém terminada Primeira Guerra Mundial.
Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra.
Justamente nessas terríveis circunstâncias, Emília percebeu que estava grávida novamente. Apesar de o acesso ao abortamento não ser fácil naquela época, e naquele país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo.
Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vida. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se: Que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?
Emília desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida, por causa de seus problemas de saúde.
Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que esperava, viveria só mais dois anos.
Alguns anos mais tarde, aconteceria a Segunda Guerra Mundial, e no ano de 1941, o pai da criança que estava por nascer também perderia a vida.
Contudo, entre as dificuldades que a assombravam e a vida que nela palpitava, Emília optou por dar à luz seu filho, a quem chamou de Karol. Ele foi o único sobrevivente da família.
Aos 21 anos, ficou na Terra sem os pais e sem os irmãos. Este menino se tornou um ancião. Por muitos anos, cada vez que visitava algum país e passava por suas ruas, milhões de gargantas exaltadas lhe gritavam: João Paulo Segundo, nós te amamos.
Com vários problemas de saúde, o Papa João Paulo Segundo confessou que somente se sustentava pela força da prece dos que oravam por ele.
*
Pense nisso! A jovem Emília podia ter decidido por não permitir o nascimento daquele terceiro filho.
Mas, que grande homem teria perdido o Mundo. Um homem que utilizou o seu prestígio para falar aos dirigentes das nações sobre as doenças da sociedade e que, esperançoso, afirmava que havia razões para confiar, para esperar, para lutar, para construir.
Pense nisso e jamais diga não à vida. Não importam as situações adversas, nem as nuvens borrascosas que teimam em se apresentar.
Se um Espírito lhe bater à porta do coração, pedindo acolhida num minúsculo corpo de carne, receba-o.
Ele poderá vir para mudar a face do Mundo. Ele poderá vir, simplesmente, para enrolar seus braços em seu pescoço e sussurrar aos seus ouvidos: Eu te amo, mamãe!

Redação do Momento Espírita. Com base em pesquisa ao site www.cnbb.org.br/files/biografia. 

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A bagagem


Existe um personagem de desenhos animados infantis que tem um certo toque de mistério e magia.

Seu nome é Gato Félix. A todo lugar que vá, ele leva a sua maleta. É uma maleta especial, pequena. E tudo o que ele deseja, tira da dita maleta. Se for hora do lanche, ele encontra frutas, sanduíches e sucos. Se necessitar fazer um conserto, as ferramentas lá estão. Sempre as certas e precisas.

Se chover de repente, basta abrir a maleta para encontrar capa, guarda-chuva, botas. E assim em qualquer situação.

Cada um de nós também possui uma pequena mala de mão, em nossa vida, mais ou menos parecida com a do personagem infantil.

Quando a vida começa, temos em mãos a pequena mala. À medida que os anos passam, a bagagem, dentro dela, vai aumentando.

É que vamos colocando tudo o que recolhemos pelo caminho. Algumas coisas muito importantes. Outras, nem tanto. Muitas, dispensáveis.

Chega um momento em que a bagagem começa a ficar insuportável de ser carregada. Pesa demais.

Nesse momento, o melhor mesmo é aliviar o peso, esvaziar a mala.

Você examina o conteúdo e vai pondo para fora.

Amor, amizade. Curioso, não pesam nada.

Depois você tira a raiva. Como ela pesa! Na seqüência, você tira a incompreensão, o medo, o pessimismo.

Nesse momento, você encontra o desânimo. Ele é tão grande que, ao tentar tirá-lo, ele é que quase o puxa para dentro da mala.

Por fim, você encontra um sorriso. Bem lá no fundo, quase sufocado.

Pula para fora outro sorriso. E mais outro. Aí você encontra a felicidade.

Mas ainda tem mais coisas dentro da mala. Você remexe e encontra a tristeza. É bom jogá-la fora.

Depois, você procura a paciência dentro da mala. Vai precisar bastante dela.

E também procura a força, a esperança, a coragem, o entusiasmo, o equilíbrio, a responsabilidade, a tolerância e o bom e velho humor.

A preocupação que você encontrar, deixe de lado. Depois você pensa no que fazer com ela.

Bem, agora que você tirou tudo da sua mala, deve arrumar toda a bagagem.

Pense bem no que vai colocar lá dentro de novo. Isso é com você.

E depois de toda a bagagem pronta, o caminho recomeçado, lembre de repetir a arrumação vez ou outra.

O caminho é longo até chegar ao final da jornada, e você terá que carregar a mala o tempo todo.

E quando chegar do outro lado, é bom que em sua bagagem tenha o máximo de coisas positivas, como boas obras, amizades, carinho, amor.

Porque isso tudo não pesa na sua bagagem, enquanto na terra. Mas quando for colocada na balança da justiça, para além da existência física, pesará e muito, positivamente. ***

A vida é uma grande viagem. Durante um tempo excursiona-se pelas paisagens terrenas.

É um período para estudar, trabalhar, progredir.

Um dia, retorna-se para a estação espiritual. É o momento de contar as conquistas e as perdas. Os erros e os acertos.

Que a nossa bagagem, nesse dia, possa estar repleta de virtudes, o bem praticado, afetos conquistados para nossa própria e grande felicidade.



 
Equipe de Redação do Momento Espírita com base em artigo recebido denominado "A Bagagem", sem designação de autor.

domingo, 18 de setembro de 2011

A partir de hoje, Olharei as coisas com amor e renascerei... Amarei o sol, pois aquece meu corpo... No entanto, amarei a chuva, pois purifica o meu espírito... Amarei a luz, pois me mostra o caminho... Amarei também a escuridão, pois me faz ver as estrelas... Receberei a felicidade, que engrandece meu coração, mas tolerarei a tristeza, pois abre minha alma... Receberei as recompensas pois elas me pertencem, mas também aceitarei de bom grado os obstáculos, pois eles são os meus desafios... A partir de hoje, Olharei as coisas com amor e renascerei...
Autor Desconhecido 


sábado, 17 de setembro de 2011

Pense nisto!

A escuridão é simplesmente a ausência de luz. Mas a fonte para iluminar o caminho está bem próxima: dentro de nós. Somos seres de luz. Quando conseguimos acender a percepção das nossas qualidades, todo o cenário se transforma. A vida adquire novas nuances. A alma humana se inunda de beleza.

  

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Reino de Deus


Jesus, o Suave Rabi da Galiléia, um dia, que se perde na poeira do tempo, deixou um mundo celeste e veio a este Planeta, ainda envolto nas sombras da ignorância, para nos ensinar sobre o reino de Deus.

O objetivo maior da sua vinda foi a implantação do reino de Deus, ou reino dos céus, nos corações dos homens.

Mas, afinal de contas, o que significa esse reino?

Primeiramente, precisamos definir o que é um reino.

E isso é fácil, pois reino nos lembra hierarquia. Um estado cujo soberano é um rei ou uma rainha. Há um superior e há súditos. Há aquele que orienta e aqueles que seguem as orientações.

No entanto, Jesus afirmou que o reino de Deus está dentro do homem. Por essa razão, esse reino consiste numa hierarquia de valores e de fatos que integram a natureza humana.

Resta-nos, agora, saber quais são os valores que orientam esse nosso reino interno, para saber se estamos construindo o tão almejado reino dos céus, em nossa intimidade.

Para isso basta que observemos nossas atitudes diárias e os valores que se sobressaem em nossas vidas.

Se o soberano que rege nossas ações ainda é o orgulho, o egoísmo, o ciúme, a ambição desmedida, a tola vaidade, não podemos esperar que esse reinado seja de luz.

Se nossos interesses estão voltados, exclusivamente, para o terra-a-terra, para o conforto físico, para o lazer, para a satisfação dos desejos passageiros da carne, estamos construindo um reino sobre a areia ilusória da existência física.

Mas, se nessa hierarquia de valores, as virtudes são soberanas, então o reino de Deus já se instalou em nossa intimidade.

O próprio Cristo afirmou: "meu reino não é deste mundo". Com esta afirmativa podemos deduzir que Ele se referia a um reinado diferente. A um reino celeste construído portas a dentro do próprio coração.

Considerando tudo isso, podemos, desde já, fazer uma análise do nosso império íntimo para saber quem detém o poder.

E, de posse desse balanço sincero, teremos condições de estabelecer a ordem ideal que nos favorecerá na construção desse estado ditoso que tanto desejamos.

Jesus, ao nos incentivar dizendo: brilhe a vossa luz, assegurou que a ação de acender a luz das virtudes é uma realidade possível a todos.

Mas isto só acontecerá quando as virtudes assumirem a soberania, o poder absoluto sobre as sombras das imperfeições que ainda imperam em nós.

Busquemos estabelecer uma hierarquia de valores reais, capazes de governar com segurança nossa mente, nossas emoções, nosso corpo.

Deixemos que a dignidade, a honradez, a humildade, a justiça e outras virtudes orientem nossos passos, implantando, em definitivo, o reino dos céus nas fibras mais sutis da nossa alma imortal.

***

O reino de Deus está dentro de nós.

Mas, na maior parte da humanidade, ainda se encontra em potencial, em estado dormente.

Compete ao homem despertar, desenvolver esse reino, que o mestre chama de "luz sob o alqueire", "tesouro oculto", "pérola preciosa".

E esse trabalho é individual, intransferível, e só depende da livre vontade.

Pense nisso, e faça brilhar a sua própria luz.

 


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro “Sabedoria das Parábolas, de Huberto Rohden, prelúdio.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dar graças por tudo

O apóstolo Paulo, com sua lucidez inconfundível, recomendou que devemos dar graças a Deus por tudo o que nos acontece, tanto pelas coisas boas como pelas que nos parecem ruins.

Talvez seja por esse motivo que um certo homem agia sempre dessa maneira. Agradecia por tudo, e tinha a certeza de que Deus sempre o protegeria.

Um dia ele saiu em uma viagem de avião. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano.

Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água.

Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada. Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por tê-lo livrado da morte.

Naquele lugar deserto ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Derrubou algumas árvores e com muito esforço construiu uma cabana. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas, que significava proteção.

Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez existissem na ilha.

Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim, com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca e mais uma vez agradeceu ao Criador.

Porém, ao voltar para sua humilde cabana, qual não foi sua decepção, ao ver que sua morada estava pegando fogo.

Sentou-se em uma pedra chorando e dizendo em prantos:

"Deus! Como é que o senhor podia deixar isto acontecer comigo? O senhor sabe que eu preciso muito desta cabana para me abrigar, e a deixou se acabar em cinzas. Deus, o senhor não tem compaixão de mim?"

Naquele mesmo instante uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo:

"Vamos rapaz?"

Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado dizendo:

"Vamos logo rapaz, nós viemos buscá-lo"

"Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?", Falou o homem surpreso.

"Ora, amigo, falou o marinheiro, vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante."

Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria são e salvo de volta para os seus queridos.

Já em segurança, o homem agradeceu uma vez mais a Deus e pediu perdão pela falta de confiança na sua providência e misericórdia.

***

"Em qualquer dificuldade recorda o poder da oração e roga inspiração ao Céu, realizando sempre o melhor para que o melhor se faça em ti e através de ti, sem esqueceres que todo apelo encontra resposta, conforme o merecimento de quem pede e a forma como pede.
 

 
(Repositório de Sabedoria vol. I, Dificuldades)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Desforço


Fere, profundamente, o sentimento e a razão, a injustiça.
Magoa, sem dúvida, a agressão injustificável.
A rede das maldades, quando envolve alguém, asfixia-o e aflige-o.
São muitos os fatores e acontecimentos que surgem à frente, obstaculizando a tua marcha.
Não o deplores, nem revides deixando-te empolgar pelo anseio do desforço.
*
Os outros, os infelicitadores, já são infelizes sem que lhes aumentes a carga de desar com os revides e a vingança, tão covardes e insensatos quanto as más ações danosas.
Certamente, não mereces muitas dessas dores, pelo menos na atual conjuntura e na forma como te alcançam...
Sem embargo, não és viajor de primeira experiência, incurso num passado que te serve de base para o presente.
Como deves lutar para modificar, nas causas, os efeitos perniciosos que afetam a muitas outras criaturas, não te é lícita a ação ignóbil de vingança.
Só os homens de pequeno porte moral se desforçam, tombando em fosso mais profundo do que aquele em que se encontra o seu perseguidor.
*
Se desculpas o acusador, és melhor do que ele.
Se perdoas o inimigo, te encontras em mais feliz situação do que a dele.
Se ajudas a quem te fere, seja por qual motivo for, lograste ser um homem de bem, um verdadeiro cristão.
Desforço, jamais!

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 23. LEAL. 

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Minuto de Sabedoria...

É mais inteligente quem empenha-se em "SER" do que em "TER". O que você é, o será para sempre; o que você tem, passará.
 

Desconfiança


Certamente, um coração que pulsa com equilíbrio é resultado de uma consciência pacificada.
Para que tal ocorra é indispensável que o homem adquira a sabedoria da confiança.
Graças a ela, goza de tranqüilidade íntima, agindo com inteireza moral e sem qualquer prevenção.
A confiança deflui de uma atitude sempre positiva em relação à vida, à criatura em si mesma e ao próximo.
Educando-se a vontade e corrigindo-se a óptica para melhor observar os acontecimentos, logra-se adquirir a confiança pessoal que é uma forma de segurança de conduta, elegendo o que fazer, como realizá-lo e para que executá-lo.
*
A desconfiança grassa entre os homens com ou sem motivo que a justifique.
Gera desconforto e mal-estar, armando indivíduos uns contra os outros, dando margem a suspeitas infundadas e a ódios que se instalam, prejudiciais.
Quem padece o mal da desconfiança, apresenta-se instável, arredio, caindo em alienações que estiolam a alegria de viver.
*
Se alguém age mal em relação a ti, ele é quem deve estar inquieto.
Se outrem te prejudica, propositadamente, o drama deve ser dele.
Em qualquer situação, espanca a desconfiança da tua agenda de atividade, permanecendo tranqüilo e feliz.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 15. LEAL. 

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Para refletir...

Você não é um ser humano que está passando por uma experiência espiritual. Você é um ser espiritual que está vivenciando uma experiência humana.
Wayne W. Dyer 

Pequena História


Um dia, a Gota dÁgua, o Raio de Luz, a Abelha e o Homem Preguiçoso chegaram ao Trono de Deus.
O Todo-Poderoso recebeu-os, com bondade, e perguntou pelo que faziam.
A Gota dÁgua avançou e disse:
? Senhor, eu estive num terreno quase deser­to, auxiliando uma raiz de laranjeira. vi muitas árvores sofrendo sede e diversos animais que pas­savam, aflitos, procurando mananciais. Fiz o que pude, mas venho pedir-te outras Gotas dÁgua que me ajudem a socorrer quantos necessitam de nós.
O Pai sorriu, satisfeito, e exclamou:
? Bem-aventurada sejas pelo entendimento de minhas obras. Dar-te-ei os recursos das chuvas e das fontes.
Logo após, o Raio de Luz adiantou-se e falou:
? Senhor, eu desci... desci... e encontrei o fundo de um abismo. Nesse antro, combati a sombra, quanto me foi possível, mas notei a presença de muitas criaturas suplicando claridade. Venho ao Céu rogar-te outros Raios de Luz que comigo cooperem na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem a pressão das trevas.
O Pai, contente, respondeu:
? Bem-aventurado sejas pelo serviço à Cria­ção. Dar-te-ei o concurso do Sol, das lâmpadas, dos livros iluminados e das boas palavras que se en­contram na Terra.
Depois disso, a Abelha explicou-se:
? Senhor, tenho fabricado todo o mel, ao al­cance de minhas possibilidades. Mas vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção...
O Pai, muito feliz, abençoou-a e replicou:
? Bem-aventurada sejas pelos benefícios que prestaste. Conceder-te-ei novos jardins e novas companheiras.
Em seguida, o Homem Preguiçoso foi chamado a falar.
Fez uma cara desagradável e informou:
? Senhor, nada consegui fazer. Por todos os lados, encontrei a inveja e a perseguição, o ódio e a maldade. Tive os braços atados pela ingratidão dos meus semelhantes. Tanta gente má permanecia em meu caminho que, em verdade, nada pude fazer.
O Pai bondoso, com expressão de descontenta­mento, exclamou:e­
? Infeliz de ti, que desprezaste os dons que te dei. Adormeceste na preguiça e nada fizeste. Os seres pequeninos e humildes alegraram meu Trono com o relatório de seus trabalhos, mas tua boca sabe apenas queixar, como se a inteligência e as mãos que te confiei para nada valessem. Retira-te! os filhos inúteis e ingratos não devem buscar-me a presença. Regressa ao mundo e não voltes a pro­curar-me enquanto não aprenderes a servir.
A Gota dÁgua regressou, cristalina e bela.
O Raio de Luz tornou aos abismos, brilhando cada vez mais.
A Abelha desceu zumbindo, feliz.
O Homem Preguiçoso, porém, retirou-se muito triste.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. 11 edição. FEB. 1996. 

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domingo, 11 de setembro de 2011

Lembranças Úteis


Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade, a que fazer.
*
Não gaste suas energias, tentando consertar os outros de qualquer modo. Quando consertamos a nós mesmos, reconhecemos que o mundo está administrado pela Sabedoria Divina e que a obrigação de cooperar invariavelmente para o bem é nosso dever primordial.
*
Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare a ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia.
*
Não recorra sistematicamente aos amigos espirituais, quanto a comezinhos deveres que lhe competem no caminho comum. Eles são igualmente ocupados, enfrentam problemas maiores que os seus, detêm responsabilidades mais graves e imediatas, e você, nas lutas vulgares da Terra, não teria coragem do pedir ao professor generoso e benevolente que desempenhasse funções de ama-seca.
*
Não espere a morte para solucionar as questões da vida, nem alegue enfermidade ou velhice para desistir de aprender, porque estamos excessivamente distantes do Céu. A sepultura não é uma cigana, cheia do promessas miraculosas, e sim uma porta mais larga do acesso a nossa própria consciência.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. 3 edição. Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999. 

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sábado, 10 de setembro de 2011

Elevação pelo trabalho


Contam as lendas que, quando Hércules ainda era muito jovem, saiu um dia para levar um recado de seu padrasto. Caminhava triste, mergulhado em pensamentos amargos.

Questionava-se porque outros jovens, não melhores que ele, levavam uma vida fácil e cheia de prazer, enquanto para ele a vida era só trabalho e dor.

Ruminando essas questões, chegou a uma bifurcação de estradas. Diante da incerteza sobre qual caminho deveria seguir, parou e olhou atentamente.

A estrada à sua direita era montanhosa e acidentada. Não havia beleza nela nem nos seus arredores, mas conduzia diretamente às montanhas azuis que se perdiam na distância.

A estrada à esquerda era larga e lisa, com árvores frondosas oferecendo sombras tentadoras em ambos os lados. Os pássaros cantavam alegres e as flores enfeitavam as margens do caminho.

Mas essa estrada terminava em bruma e neblina muito antes de chegar às maravilhosas montanhas azuis que se podia ver ao longe.

Enquanto o rapaz estava parado, em dúvida quanto à direção a seguir, vieram duas belas mulheres em sua direção, cada uma delas por uma das estradas.

A que veio pelo caminho florido alcançou-o antes e era linda como um dia de verão. Tinha as faces coradas, os olhos faiscantes e dizia-lhe palavras tentadoras:

- Oh, nobre jovem não se curve mais ao trabalho e às tarefas árduas; siga-me. Eu o conduzirei por caminhos agradáveis, onde não há tempestades para perturbar nem problemas para aborrecer.

- Você terá uma vida fácil, sem responsabilidades. Bebida, comida requintada, ricas vestes, muita música e alegria. Venha comigo e sua estrada será um sonho de contentamento.

A essa altura aproximou-se a outra bela mulher e falou ao rapaz:

- Eu não lhe prometo nada, exceto o que irá conquistar por suas próprias forças. A estrada pela qual o conduzirei é acidentada e difícil. Terá que subir muitos morros e descer por vales e pântanos.

- As vistas que por vezes você descortinará do topo dos morros são grandiosas, gloriosas, mas os vales profundos são escuros e a subida é penosa. No entanto, a estrada leva às montanhas azuis da felicidade eterna, que você pode ver no horizonte. Não se consegue alcançá-las sem trabalho. De fato não há nada que valha a pena possuir se não tiver sido ganho com esforço.

- Se você quiser frutos e flores, deve plantá-los e cultivá-los.

- Se quiser o amor de seus companheiros, deve amá-los e sofrer por eles; se quiser gozar dos favores dos céus, deve se tronar digno desses favores; se quiser gozar da felicidade plena, não deve desprezar a árdua estrada que a ela conduz.

Hércules viu que essa mulher, embora fosse tão bela quanto a outra, tinha o semblante puro e suave, como uma manhã ensolarada de primavera.

- Qual é o seu nome? Perguntou.

- Alguns me chamam de trabalho - respondeu -, mas outros me conhecem como virtude.

Ele virou-se para a primeira mulher e perguntou:

- E qual é o seu nome?

Ela respondeu com um sorriso nos lábios:

- Alguns me chamam prazer, mas eu prefiro ser conhecida como a alegre e feliz...

- Virtude - disse hércules -, tomarei a ti por minha guia! A estrada do trabalho e do esforço honesto deverá ser a minha e meu coração não mais abrigará a amargura nem o descontentamento.

E ele tomou a mão da virtude e seguiu com ela pela estrada reta e agreste que conduzirá às claras montanhas azuis no horizonte distante.

***

O caminho do progresso é cimentado com o suor dos trabalhadores leais do supremo bem, que descobrem no próprio sacrifício e no heroísmo silencioso e anônimo a glória da libertação espiritual.
 

 

(Baseado em "O Livro das Virtudes, pág. 269 - A escolha de Hércules.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aborto e Justiça Divina


"O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o permitem, é um crime perante as Leis de Deus. "- Emmanuel (Leis de Amor, Cap. XI)
*
O Espírito Emmanuel nos fala deste hediondo crime:
"Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza... Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação. "(Religião dos Espíritos, Cap. 17)
*
"A insensibilidade humana na prática do aborto cruel mostra quanto estamos distantes das Leis Divinas, ainda mais quando as instituições dos códigos humanos criam leis aprovando o direito à mulher de negar a continuidade da vida a um ser que está desenvolvendo-se dentro de seu próprio organismo. "
*
"O aborto provocado destrói não somente o corpo do bebê, mas também o santuário divino das formas humanas na mulher."
*
"O aborto provocado não será crime ante a Justiça Divina, quando se tem por finalidade salvar a vida da mãe, quando seu organismo não possuir condições de dar seqüência ao desenvolvimento fetal. Vejamos em "O Livro dos Espíritos" a Questão 359:"
"Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvara segunda?
"Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe."
*
"As conseqüências imediatas do aborto delituoso logicamente se refletem, primeiro e em maior grau, no organismo fisiopsicossomático da mulher, pois abortar é arrancar violentamente um ser vivo do claustro materno. "
*
"O centro genésico, que é o santuário das energias criadoras do sexo e tem sua contraparte na organização perispiritual da mulher, com a prática do aborto condenável sofre desequilíbrios profundos, ainda desconhecidos da ciência terrena. O Espírito André Luiz em seu livro "Evolução em Dois Mundos" descreve os resultados no mundo psíquico da mulher que comete o aborto delituoso: "
"É dessa forma que a mulher e o homem, acumpliciados nas ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a mulher, cujo grau de responsabilidade nas faltas dessa natureza é muito maior, à frente da vida que ela prometeu honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as energias psicossomáticas, com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implantando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão, mais tarde, em regime de prudução a tempo certo ." (Evolução em Dois Mundos, Cap. XIV - Parte II)
*
"O crime do aborto não é simplesmente o de destruir um corpo que está se formando, mas também o de interferir no direito do Espírito reencarnante que realmente está dando vida ao feto, pois a partir do momento da concepção, o Espírito passa a atuar profundamente no crescimento do embrião. Analisemos o que nos esclarecem os Espíritos Superiores em "O Livro dos Espíritos" , na Questão 344: "
"Em que momento a alma se une ao corpo? "
"A união começa na concepção mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de Deus. "
*
"Como na organização fetal existe um Espírito administrando o seu crescimento em simbiose mental com a mãe, em realidade já é o dono desse corpo em formação, e em sã consciência a mulher gestante não poderá dizer que é dona do feto e faz dele o que lhe aprouver, pois ela já está trabalhando em parceria com um Espírito, filho de Deus como ela mesma, e com os mesmos direitos de possuir um corpo e de voltar à Terra. "
*
"A mulher que cometeu aborto delituoso passa a sofrer conseqüências desagradáveis imediatas em seu próprio organismo, seja pelo surgimento de enfermidades variadas ou pelos processos sombrios da obsessão, em virtude da antipatia nascida no Espírito reencarnante, que vê seu tentame frustrado. Meditemos nas explicações de Emmanuel: "
"O aborto oferece conseqüências dolorosas especiais para as mães?
Resposta - O aborto oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo cáncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam em aflitivos processos de obsessão. "(Leis de Amor, Cap. IV)
*
"Deus nos deixa com o livre-arbítrio para decidirmos se cometeremos ou não o hediondo crime do aborto, uma vez que somos responsáveis pelos nossos próprios atos. Mas Deus não dá a ninguém o direito de eliminar a vida de um ser que está em formação no organismo materno, pois este direito somente Ele o possui. Quem está patrocinando o renascimento de qualquer criança, antes de tudo, é DEUS. "
*
"A maior luz e a maior força de Amor na maternidade é a de DEUS. "
*
"A organização física e os elementos genésicos femininos e masculinos são criação de DEUS e todo o processo e formação da criança no ventre materno está sob a diretriz de Suas Leis. A participação da mulher na maternidade não é absoluta, mas parcial, pois a maior pertence a DEUS. Nossos filhos, antes de tudo, são filhos de DEUS, como esclarece o Espírito Emmanuel: "
"A mãe terrestre deve compreender, antes de tudo, que seus filhos, primeiramente, são filhos de Deus. "(O Consolador , Pergunta 189)
*
"Observamos que, no processo expiatório do aborto cruel, as conseqüências mais infelizes permanecerão sempre com a mulher, quando sua prática nasce de sua única decisão. O remorso virá, mais cedo ou mais tarde, cobrando o reajuste. E também as reações psíquicas negativas do Espírito que deveria ser o futuro filho são resultantes quase que naturais, após o extermínio intra-uterino. André Luiz assim descreve o estado íntimo do Espírito frustrado em sua reencarnação:
"Isso ocorre não somente porque o remorso se lhe entranhe no ser, à feição de víbora magnética, mas também porque assimilam, inevitavelmente, as vibrações de angústia e de desespero e, por vezes, de revolta e vingança dos Espíritos que a lei lhes reservara para filhos do próprio sangue, na obra de restauração do destino. (Evolução em dois Mundos , Cap. XIV - Parte II)
*
"Retira-se violentamente o organismo fetal do ventre materno, eliminando a vida física, mas não se consegue destruir o Espírito reencarnante, o qual, muitas vezes, permanece profundamente arraigado à tessitura perispirítíca da frustrada mãe, provocando os desequilíbrios mentais e dis unções orgânicas as mais diversas."
*
"Não podendo extinguir-se a simbiose psíquica com a mesma brevidade com que se elimina a vida em gestação no ventre materno, sua natureza de permuta magnética muda-se totalmente, porque o Espírito reencarnante transforma-se no seu mundo íntimo, que antes era de alegria e esperança, para as emoções traumatizadas de desapontamento, ódio e vingança, por não concordar com a destmição de seu organismo em formação. Geralmente são Espíritos sofredores com grandes problemas a enfrentar e resolver, a quem as mães insensíveis, em geral, devem muito em virtude dos compromissos afetivos espezinhados em vidas passadas, e que agora a bênção da reencarnação chama para o reajuste do destino."
"É preferível deixá-los reencarnar e ser para nós filhos-problemas, trazendo lutas incessantes para o lar, pois os sofrimentos serão muito menores do que se estivessem no mundo espiritual, cultivando perseguição implacável, pelos fios da obsessão atormentadora. Em manuel em o livro "Vida e Sexo" nos esclarece:"
"Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas e, então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas, ontem convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, à custa das nossas promessas de compreensão e de auxílio, fazem-se hoje - e isso ocorre bastas vezes, em todas as comunidades da Terra - inimigos recalcados que se nos entranham a vida Intima com tal expressão de desencanto e azedume que, a rigor, nos infundem mais sofrimentos e aflição que se estivessem conosco em plena experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação. "(Vida e Sexo , Lição 17)
*
"As conseqüências desagradáveis do aborto delituoso podem ser imediatas e a longo prazo, principalmente para a mulher, seja no seu corpo físico, na atual existência, seja na vida espiritual após a morte, e também na próxima encarnação. Já analisamos o problema da obsessão por parte do Espírito reencamante que não pôde ser um filho na Terra. Vejamos agora as enfermidades na organização física da mulher, tendo como causa a prática do aborto. Esses desequilíbrios, que têm começo nesta existência, seguirão por muito tempo na organização psicossomática da mulher que engendrou o aborto cruel. Os desajustamentos do centro genésico no penspírito da mulher irão refletir-se em enfermidades graves do corpo físico, ao longo da existência terrena: "
"Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que o promove ou que venha a cometer semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos estes com os quais muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. E, então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais. "(Ação e Reação, Cap. XV)
*
"Na vida corpórea, dificilmente percebemos que nossas enfermidades são resultados positivos de nossos deslizes diante da Lei Divina, mas na Vida Espiritual cada Espírito vê, sente e vive em si mesmo os reflexos negativos de seus pensamentos enfermiços, emoções inferiores e ações criminosas, praticadas na existência humana irresponsável. A miséria moral se estampa perfeitamente no mundo mental e tem como conseqüência a desorganização e a deformidade do corpo espiritual. E o que acontece com as mulheres que praticaram o aborto com plena liberdade e consciência do que estavam fazendo, segundo as declarações de André Luiz: "
"O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual, tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis, além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz, assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante carregando uma chaga que a todo instante se denuncia. "(Evolução em Dois Mundos, Cap. XIV - Parte II)
*
"Para a mulher que praticou o aborto, injustificadamente, os sofrimentos continuarão na próxima encarnação, através dos desequilíbrios psíquicos diversos, enfermidades do útero e a grande frustração pela impossibilidade de gerar filhos. Mesmo a mulher que praticou o aborto, após já ter concebido o primeiro ou o segundo filho, receberá, na próxima encarnação; os sintomas perturbatórios de seu crime, justamente depois do primeiro ou do segundo filho, período exato em que praticou o aborto na existência anterior. Diversos problemas que sofrem hoje as mulheres no exercício da maternidade têm suas causas profundas nos deslizes do passado, que hoje surgem no corpo físico como reflexo positivo da desorganização perispirítica."
"Em razão disso, nem sempre a mulher recupera a saúde, afetada por esses transtornos, somente com o uso de medicamentos e hábeis cirurgias da medicina terrestre, pois há que resgatar em si mesma, à custa de muitos sofrimentos, suportados com fé e abnegação, os crimes do ontem, para aprender a valorizar, respeitar e amparar a vida dos filhos que Deus temporariamente lhe entrega nas mãos."
*
"Todos aqueles que induzem ou auxiliam a mulher na eliminação do nascituro possuem também a sua culpabilidade no ato criminoso: maridos ou namorados que obrigam as esposas, médicos que estimulam e o realizam, enfermeiras e parteiras inconscientes. Para a justiça humana, não há crime, nem processo, nem punição, na maioria dos casos, mas para a JUSTIÇA DIVINA todos os envolvidos no ato criminoso sofrerão as conseqüências sombrias, imediatas ou a longo prazo, de acordo com o seu grau de culpabilidade. Emmanuel nos esclarece bem isso:"
"O aborto oferece conseqüências dolorosas especiais para os pais? Resposta - Os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles aos percalços e sombras da vida espiritual de esferas inferiores. "(Leis de Amor, Pergunta 04)

Barcelos, Walter. Da obra: Sexo e Evolução. Trechos extraídos do Livro Sexo e Evolução. 

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Ódio

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio, ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento, Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor, Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele. - Fénelon, (Bordéus, 1861.)

Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Capítulo XII. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996. 

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Aprendi...

Aprendi através da experiência amarga a suprema lição: controlar minha ira e torná-la como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo.
Mahatma Gandhi 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Extinção do Mal


Na didática de Deus, o mal não é recebido com a ênfase que caracteriza muita gente na Terra, quando se propõe a combatê-lo.
Por isso, a condenação não entra em linha de conta nas manifestações da Misericórdia Divina.
Nada de anátemas, gritos, baldões ou pragas.
A Lei de Deus determina, em qualquer parte, seja o mal destruído não pela violência, mas pela força pacífica e edificante do bem.
A propósito, meditemos.
O Senhor corrige:
a ignorância: com a instrução;
o ódio: com o amor;
a necessidade: com o socorro;
o desequilíbrio: com o reajuste;
a ferida: com o bálsamo;
a dor: com o sedativo;
a doença: com o remédio;
a sombra: com a luz;
a fome: com o alimento;
o fogo: com a água;
a ofensa: com o perdão;
o desânimo: com a esperança;
a maldição: com a benção.
Somente nós, as criaturas humanas, por vezes, acreditamos que um golpe seja capaz de sanar outro golpe.
Simples ilusão.
O mal não suprime o mal.
Em razão disso, Jesus nos recomenda amar os inimigos e nos adverte de que a única energia suscetível de remover o mal e extingui-lo é e será sempre a força suprema do bem.

Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes. 4 edição. Araras, SP: IDE. 1996. 

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Reflita...

Tolerância é aceitar as diferenças, entender que nem todas as pessoas são como eu gostaria que fossem. Não posso mudá-las, mas posso mudar minha visão em relação a elas. Descobrir pelo menos uma qualidade em alguém é o primeiro passo para transformar a rejeição em aceitação.
 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A vida pede calma...

 
 
A vida pede calma.
Mas, ao mesmo tempo, a vida rouba a calma.
Agitação, pressa, urgência.
Barulho, impaciência, intolerância...
O vida nos desafia a cada momento, tentando nos impor um jeito de estar no mundo.
Nem sempre conseguimos dizer:
Não! 
Espera um pouco... 
Não posso.
Calma...
Tenho necessidade de calma, e essa calma tem que ser interna, para poder olhar o mundo do meu jeito.

Minuto de Sabedoria...

Quando tiver que escolher entre o amor e o ódio, ame com toda a força do seu coração. Mas quando tiver que odiar, não faça, pois quem alimenta o ódio atira fogo ao próprio coração.
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Calma para o Êxito


Em todos os passos da vida, a calma é convidada a estar presente.
Aqui, é uma pessoa tresvairada, que te agride...
Ali, é uma circunstância infeliz, que gera dificuldade...
Acolá, é uma ameaça de insucesso na atividade programada...
Adiante, é uma incompreensão urdindo males contra os teus esforços...
É necessário ter calma sempre.
A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada.
Quando não se age com incorreção, não há por que temer-se acontecimento infeliz.
A irritação, alma gêmea da instabilidade emocional, é responsável por danos, ainda não avaliados, na conduta moral e emocional da criatura.
A calma inspira a melhor maneira de agir, e sabe aguardar o momento próprio para atuar, propiciando os meios para a ação correta.
Não antecipa, nem retarda.
Soluciona os desafios, beneficiando aqueles que se desequilibram e sofrem.
Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer.
Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 16. LEAL. 

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Para refletir...

Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces.
Henry Thoreau 

Ofereça a Outra Face


Quando falou que se alguém nos batesse numa face, deveríamos oferecer a outra, expressou um grandioso ensinamento que, se levado em conta, teríamos a solução para todas as situações desagradáveis que surgissem em nossa vida.
Oferecer a outra face não quer dizer dar o rosto para bater. É uma metáfora que sugere que se a situação nos chega de forma desagradável, devemos mostrar a face oposta.
Dar a outra face é mudar a paisagem, é uma ação positiva diante de uma negativa.
Assim, quando todos atiram pedras, ofereça uma flor.
Quando todos caminham para o lado errado, mostre o passo certo.
Se tudo estiver escuro, se nada puder ser visto, acenda você uma luz, ilumine as trevas com uma pequena lâmpada.
Quando todos estiverem chorando, dê o primeiro sorriso; não com lábios sorridentes, mas com um coração que compreenda, com braços que confortem.
Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, ensine, começando por aprender, corrigindo-se a si mesmo.
Quando alguém estiver angustiado, mostre-lhe a face do conforto.
Se encontrar alguém em desespero, acene com a esperança, mesmo que isso seja um desafio para você mesmo.
Quando a terra dos corações estiver seca, que sua mão possa regá-las.
Quando a flor do afeto estiver sufocada pelos espinhos da incompreensão, que sua mão saiba arrancar a praga, afagar a pétala, acariciar a flor.
Onde haja portas fechadas para o entendimento, leve a chave da concórdia e da compreensão.
Onde o vento sopra, frio, enregelando corações, que o calor de sua alma seja proteção e abrigo.
Se alguém caminha sem rumo, mostre-lhe as pegadas que conduzem a um porto seguro.
Onde a crítica azeda for o assunto principal, ofereça uma palavra de otimismo, um raio de esperança, uma luz que rompe as trevas e clareia o ambiente mental.
Quando todos parecerem perdidos, mostre o caminho de volta.
Quando a face da solidão se mostrar como única alternativa na vida de alguém, seja uma presença que conforta, ainda que uma presença silenciosa.
Onde o manto escuro da morte se apresenta como um beco sem saída, fale da vida exuberante que aguarda os seres que fazem a passagem pela porta estreita do túmulo.
Seja você a oferecer a face sorridente e otimista da vida, onde a tristeza e o pessimismo marcam presença.
Pense nisso!
Num dia, que não vai muito distante, um homem especial nasceu na região da úmbria, na Itália.
Ele ficou conhecido como Francisco de Assis, pois foi em Assis que ele nasceu.
Aquele homem singular sabia o que Jesus pretendeu dizer quando falou sobre oferecer a outra face.
Sua vida foi um hino de paz, e sua oração ficou imortalizada nas páginas da história, como a oração de Francisco de Assis.
Ele pede ao senhor: ?faze de mim um instrumento da tua paz?.
Onde houver ódio, faze que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erros, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Eis um homem que foi um verdadeiro instrumento da paz.

Equipe de Redação do Momento Espírita. Com base em mensagem de autoria ignorada. 

* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Recursos improdutivos


Em certa região onde imperava a pobreza, vivia um homem que conseguia seu sustento com o labor de oleiro. Sua especialidade era fabricar cântaros, que eram vendidos na própria localidade.

Com tal atividade, o oleiro não somente conseguia sustentar-se, como também sempre tinha à disposição algumas colheres de arroz para saciar a fome de um ou outro pedinte, que lhe batesse à porta.

Todas as tardes, quando o sol parecia desmaiar no horizonte, ele se dirigia ao templo para orar. Ali, abria sua alma ao Criador, sentindo-se em paz.

Certo dia, quando estava a trabalhar em sua casa, viu passar a rica caravana de um nobre, cercado de muita pompa e honrarias. Perplexo, viu como aquele homem jogava moedas aos pobres do caminho.

Então, o oleiro disse para si mesmo:

Eu poderia ser rico como aquele nobre. Seria muito bom ter um palácio para morar, inúmeros criados, desfrutar das coisas boas da vida. Ser poderoso, temido e admirado por onde passasse.

Além do que, se fosse um desses homens, melhor poderia servir ao Senhor. Daria amparo aos pobres, para que tivessem eles também uma vida digna e decente.

Com meu exemplo, poderia até levar outros homens ricos a agirem como eu. Juntos, poderíamos erradicar a miséria e a fome do mundo.

E, tão logo viu a caravana se afastar, decidiu enriquecer. Na sua mente, elaborou um plano meticuloso.

Se trabalhasse de forma incansável, mais horas por dia, se melhorasse a qualidade dos seus cântaros, ele poderia acumular muitos deles e expô-los, na feira do próximo verão.

Vendendo-os, ganharia mais dinheiro e se tornaria um grande e próspero homem.

Logo colocou seu plano em ação, trabalhando dias e noites sem parar.

Não perdia tempo. Quando os necessitados o procuravam, sem erguer os olhos da tarefa, dizia: Esperem, estou trabalhando para enriquecer e beneficiarei a todos. Voltem no verão...

Deixou de comparecer ao templo para orar, dedicando aquelas horas a modelar cântaros, enquanto sonhava com a riqueza.

O tempo passou e veio finalmente o verão. O oleiro carregou sobre mulas os muitos cântaros que venderia, na feira da Capital, a peso de ouro.

Seguindo pela estrada, sentindo as moedas já tilintarem em seus bolsos, foi surpreendido por homens armados que lhe levaram as mulas e os cântaros, desaparecendo na poeira da estrada.

Ficou sozinho, a pé, sem saber ao menos o que fazer, a não ser lamentar-se:

Como sou infeliz. Malditos ladrões. Roubaram-me tudo. Retiraram-me toda a possibilidade de bem servir ao Senhor.

Nisso, a voz do Senhor falou ao seu coração:

Não chores. Os bens que perdeste apenas serviriam para tua ambição e vaidade. Chora, contudo, a fortuna que perdeste há muito mais tempo.

E ante o espanto do oleiro, disse afinal:

Bati em tua porta por diversas vezes, faminto, e Me negaste o pão.

* * *

Para a prática do verdadeiro bem não há necessidade de aguardar grandes fortunas.

Cada qual, onde esteja, pode se transformar no doador anônimo do que possua, a benefício de outrem.

Se cada um se preocupasse em auxiliar alguém, a dor seria diminuída em todos os quadrantes deste nosso planeta.



 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. O vendedor de cântaros, do livro À sombra do olmeiro, pelo Espírito Um jardineiro, psicografia de Dolores Bacelar, ed. Correio Fraterno do ABC.