“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SÁBIO REI SALOMÃO: O JULGAMENTO


Então disse o rei: "Esta diz: ‘Este que vive é meu filho, e teu o morto’; e esta outra diz: ‘Não, por certo; o morto é teu filho e meu o filho vivo’." Disse mais o rei: "Trazei-me uma espada." E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: "Dividi em duas partes o menino vivo, e dai metade a uma e metade a outra."
Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho) e disse: "Ah, meu senhor, dai-lhe o menino vivo e por modo alguns mateis." Porém a outra dizia: "Nem teu, nem meu seja; dividi-o antes."
Então respondeu o rei: "Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe."
E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça. (1 Reis 3, 16-28)

domingo, 30 de outubro de 2011

O rei e o sábio


Havia um rei que, apesar de ser extremamente rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado da sua riqueza. Quanto mais doava para cuidar dos seus súditos, tanto mais os cofres do seu fabuloso palácio enchiam.

Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades procurou o rei para descobrir seu segredo. Ele pensava:
- Como o rei, que não é versado nas sagradas escrituras e não leva uma vida de penitência e renúncia, pode viver cercado por tantas riquezas materiais e ainda assim não ficar “contaminado” por elas? Eu, que renunciei ao mundo e conheço todos os Vedas(livros sagrados), tenho tantos problemas, e ele é virtuoso e amado por todos.

Ao chegar na frente do rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma. O rei respondeu:
- Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio, assim o Senhor vai descobrir meu segredo. Porém, há uma condição: se o Senhor deixar que a chama se apague, cairá morto.

Desse modo, o sábio visitou todas as salas e duas horas depois voltou para o rei, que lhe perguntou:
- O Senhor viu toda a minha riqueza?

Ainda tremendo da experiência, o sábio respondeu:
- Sua majestade, não vi absolutamente nada. Eu estava tão preocupado em manter a chama acesa que não notei nada.

Com o olhar cheio de misericórdia, o rei falou do seu segredo:
- Assim, Senhor sábio, eu vivo. Tenho tanta atenção em manter a chama da minha alma acesa, que embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam. Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença, e não o contrário.
Esta história ilustra dois fatos:
· A virtude ou defeito não está em ter as coisas, mas em como são utilizadas.
· O verdadeiro esforço se limita em manter a consciência interior espiritualmente acesa, e não em lutar contra supostas tentações e ameaças.

sábado, 29 de outubro de 2011

Três perguntas


Um rei se apercebeu que se soubesse a hora certa de agir, quem eram as pessoas mais necessárias e o mais importante a ser feito, nunca falharia no que fizesse.

Procurou um homem sábio para se aconselhar. Vestiu roupas simples, e antes de chegar ao destino, apeou do cavalo, deixou seus guarda-costas para trás e foi sozinho.

O sábio estava cavando o chão em frente à sua cabana. O rei chegou e falou: "Vim aqui porque preciso que me responda três perguntas: como posso aprender a fazer o que é certo na hora certa?

Quem são as pessoas às quais devo prestar maior atenção?

Quais os assuntos aos quais devo conceder prioridade?"

O sábio não respondeu e continuou a cavar. Estava fraco e inspirava profundamente, a cada golpe.

O rei se ofereceu para cavar em seu lugar e preparou duas extensas sementeiras. Sem receber nenhuma resposta às suas perguntas, quase ao final da tarde, disse: "Vim até aqui para obter respostas. Se não pode me dar nenhuma, então me diga que vou embora."

Nisso, um homem barbado saiu correndo da floresta. Estava ferido e caiu desmaiado, gemendo baixinho.

O rei e o sábio o socorreram. Havia uma grande ferida em seu corpo. O rei a lavou e a cobriu com seu lenço e uma toalha do sábio.

O sangue continuou a jorrar. Muitas vezes o rei lavou e cobriu a ferida.

Finalmente, a hemorragia parou. O homem foi levado para a cama e adormeceu. A noite chegou. O rei sentou-se na entrada da cabana e, cansado, adormeceu.

Ao despertar pela manhã, demorou um pouco para se dar conta de onde estava. Voltou-se para dentro. O homem ferido o olhou e lhe pediu perdão.

"Não tenho nada para lhe perdoar", disse o rei. "nem o conheço."

"Mas eu o conheço. O senhor prendeu meu irmão e jurei acabar com sua vida. Quando soube que o senhor vinha para cá, também vim. Esperei na floresta para matá-lo pelas costas.

Mas o senhor não voltou. Saí de minha emboscada e seus guarda-costas me viram. Foram eles que me feriram. Fugi deles. Teria sangrado até a morte se não me tivesse socorrido.

Majestade! Se eu sobreviver, serei o mais fervoroso de seus servos."

O rei ficou satisfeito por ter conseguido a paz com seu inimigo tão facilmente. Disse que mandaria seu médico para o atender.

Levantou-se e procurou o sábio que estava agachado, plantando nas sementeiras cavadas no dia anterior.

"Então, vai responder às minhas perguntas?"

Erguendo os olhos, o sábio lhe respondeu:

"O senhor já tem todas as suas respostas."

E ante a indagação da real figura, explicou:

"Se sua majestade não tivesse ficado condoída da minha fraqueza ontem e cavado essas sementeiras para mim, indo embora, teria sido atacado por aquele homem.

Teria assim se arrependido de não ter permanecido comigo. Por isso a hora mais importante foi quando cavava as sementeiras.

Eu era o homem mais importante. Fazer-me o favor foi o mais importante.

Depois, quando o quase assassino chegou correndo, a hora mais importante foi quando cuidava dele. Se não tivesse cuidado da sua ferida, ele teria morrido sem estar em paz consigo.

Por isso, ele era o homem mais importante. O que foi feito por ele foi o mais importante.

Então, só existe um momento importante, o agora.

O homem mais necessário é aquele com quem você está, pois ninguém sabe se vai tornar a lidar com outro alguém.

O assunto mais importante é fazer o bem para esse com quem se está, pois esse é o grande propósito da vida.

***

A hora de agir é agora. O local onde você está é o mais ajustado e as pessoas que estão com você as ideais para a sua vida e o seu crescimento.

Pense nisso!


 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. Três perguntas, de autoria de Léon Tolstoi, de O Livro das virtudes II - O compasso moral, de William J. Bennett, Ed. Nova Fronteira.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Apaguem as luzes... Quero ver!


O título desta mensagem é intrigante.

Em princípio, parece um contra-senso que alguém peça: "apaguem as luzes; quero ver!"

No entanto, vale a pena acompanhar com atenção os argumentos do pensador que a escreveu, para entender que luzes são essas que, apagadas, podem favorecer a nossa visão.

A mensagem foi escrita por um ilustre professor, e diz o seguinte:

A beleza da consciência não costuma se mostrar no clarão das luzes que brotam do calor dos acontecimentos.

Assim como os olhos exigem alguma proteção para olhar diretamente em direção ao sol, nossa razão pede a proteção do tempo para poder contemplar com serenidade a verdade em todo o seu esplendor.

É preciso distanciar-se dos fatos, das experiências vividas, para finalmente poder-se contemplar a beleza da verdade.

O tempo é o único colírio capaz de limpar os olhos da nossa razão, com os quais realmente enxergamos.

É mister despir-se das ilusões, miragens que não ocorrem apenas para os perdidos nos desertos de areia.

É essencial livrar-se dos falsos valores que levam a julgamentos igualmente falsos; abandonar tolas crendices filhas da angústia e do medo do desconhecido.

Existe ainda o perigo do deslumbre que cega a mente e ilude nossa capacidade de julgar; a vaidade tola e a megalomania, caminhos que levam a bezerros de ouro, à paixão pela conquista do poder pelo poder, ou como forma de submeter o próximo.

Nossos olhos, muitas vezes, emprestam lentes de narciso, capazes de distorcer nossa real imagem e os julgamentos que fazemos dos nossos atos.

Só o tempo permite àqueles que dele fazem bom uso, cultivando o saber e examinando a vida em profundidade, perceber as coisas realmente importantes e belas.

Nós humanos, como as flores, os pássaros e tudo que é vivo, temos um ciclo que se inicia com o nascimento, prossegue com o florescer da maturidade e termina com a morte.

Morremos todos, sem a beleza ou o vigor físico; de nada adiantam nossas conquistas terrestres, todas são fugazes.

Se algo for eterno, será apenas a consciência que adquirimos neste viver.

Esse enorme mistério da vida e da morte é o mais tranqüilo, límpido e belo espetáculo ao qual nenhum outro se compara, mas que só pode ser observado e compreendido com o tempo, com o passar do tempo; esse é um privilégio reservado aos que usaram bem seu tempo de vida.

É contraditório, mas é preciso morrer para se entender e vislumbrar toda a beleza da vida.

Daí, talvez, a sabedoria popular do velho ditado que diz: "neste mundo, quem mais olha menos vê, quem não morre não vê Cristo".

Acredito que, no ditado popular, a palavra cristo significa "ter consciência do processo da vida".

Se fôssemos capazes de menores ilusões e maior consciência, certamente seríamos muito mais felizes.

Teríamos maior prazer no trabalho, trataríamos o próximo com mais amor e respeito; seríamos mesmo capazes de amá-lo, não por nossos interesses, mas sim por ele mesmo.

Não teríamos a maioria das nossas preocupações, dormiríamos melhor, administraríamos melhor nossas energias e não permitiríamos que tolas fantasias e angústias desnecessárias se apossassem de nosso ser.

Viveríamos em paz, teríamos mais tempo para as crianças, as flores e os pássaros.

Não necessitaríamos do consumo de drogas ou de bens supérfluos, usaríamos nosso tempo e nossa energia para coisas muito mais prazerosas; pensar e examinar a vida, livrar-nos de falsos valores, fantasias e miragens, encontrar a essência da vida, ver com os olhos da alma.

Pense nisso!

Apague as luzes, dilate as pupilas da alma, e veja.

 


 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no texto do Professor Oriovisto Guimarães, Reitor do Centro Universitário Positivo - UNICENP.

Pense nisto!

Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio, e lembre-se que alto deve ser o valor de suas idéias, não o volume de sua voz.
 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Pátria – um lugar para amar

Momento Espírita

 
 Giuseppe Fortunino Francesco Verdi foi um compositor de óperas do período romântico italiano. Considerado, então, o m! aior compositor nacionalista da Itália.
Foi um dos compositores mais influentes do século XIX. Suas obras são executadas com frequência em Casas de Ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do gênero, alguns de seus temas estão, há muito, enraizados na cultura popular.
Entre esses, Va, pensiero, o coro dos escravos hebreus, da ópera Nabucco.
Nabucco é uma ópera em quatro atos, escrita em 1842. Conta a história do rei Nabucodonosor da Babilônia.
Por ter sido escrita durante a ocupação austríaca no norte da Itália, dadas as tantas analogias que apresenta, suscitou o sentimento nacionalista italiano.
O coro dos escravos hebreus, no terceiro ato da ópera, tornou-se uma música-símbolo do nacionalismo italiano da época.
No mês de março do ano em curso [2011], no Teatro da Ópera de Roma, esse coro levou os cantores e músicos à muita emoção. E o público presente, ao delírio, numa grande demonstração de fé patriótica.
O maestro Riccardo Muti acabara de reger o célebre coro dos escravos, Va pensiero. O público aplaudia incessantemente e bradava bis!
O maestro, então, se volta para a plateia e recorda o significado patriótico do Va pensiero que, além de sua intrínseca beleza, que é inexcedível,  tem enorme apelo emocional, até hoje, entre os italianos.
Riccardo pede ao público presente que o cante agora, com a orquestra e o coro do teatro, como manifestação de protesto patriótico contra a ameaça de morte contida nos planejados cortes do orçamento da cultura.
Ele rege o público, enquanto a orquestra e o coro se irmanam na execução do hino, cujos versos podemos assim traduzir:
Voa, pensamento, com tuas asas douradas. Voa, pousa nas encostas e no topo das colinas, onde perfumam mornas e macias as brisas doces do solo natal!
Cumprimenta as margens do rio Jordão, as torres derrubadas de Jerusalém...
Oh, minha pátria tão bela e perdida! Oh, lembrança tão cara e fatal!
Harpa dourada dos grandes poetas, por que agora estás muda?
Reacende as memórias no nosso peito, fala-nos do bom tempo que foi!
     Traduz em música o nosso sofrimento, deixa-te inspirar pelo Senhor para que nossa dor se torne virtude!
*   * *
As câmeras passeiam pela plateia, mostrando a emoção, a unção. Quem sabia a letra, cantou. Quem não a sabia, acompanhou a melodia.
Foi uma verdadeira prece. Prece ao Senhor, rogativa às autoridades. Um exemplo de patriotismo.
Um maestro que clama, chora e concita o povo a bradar pela manutenção do bom, do belo, da cultura.
Alguém que, consciente da sua cidadania, vai além do seu dever como artista.
Serve-se do palco, da plateia, para esclarecer, para despertar consciências, para lutar pelo ideal que defende.
Que se repitam no mundo, em todas as nações, tal grandioso exemplo para que não se percam as raízes, para que se preserve a cultura, a arte, o belo. 
 
Redação do Momento Espírita, com base nas imagens do vídeo do link http://youtu.be/g_gmto6jnrs
Em 23.09.2011.
Pedimos a sua atenção para o fato de o Momento em Casa não ser um serviço diário.
São enviadas, em média, 3 a 4 mensagens no decorrer da semana. As mensagens do Momento
Espírita também estão disponíveis em cd's e livros, em www.livrariamundoespirita.com.br.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sabedoria - O Rei e o Sábio


Conta-se que num país longínquo, há muitos séculos, um rei se sentiu intrigado com algumas questões. Desejando ter respostas para elas, resolveu estabelecer um concurso do qual todas as pessoas do reino poderiam participar.

O prêmio seria uma enorme quantia em ouro, pedras preciosas, além de títulos de nobreza.

Seria premiado com tudo isto quem conseguisse responder a três questões: qual é o lugar mais importante do mundo? Qual é a tarefa mais importante do mundo? Quem é o homem mais importante do mundo?

Sábios e ignorantes, ricos e pobres, crianças, jovens e adultos se apresentaram, tentando responder as três perguntas.

Para desconsolo do rei, nenhum deles deu uma resposta que o satisfizesse.

Em todo o território um único homem não se apresentou para tentar responder os questionamentos. Era alguém considerado sábio, mas a quem não importavam as fortunas nem as honrarias da terra.

O rei convocou esse homem para vir à sua presença e tentar responder suas indagações. E o velho sábio respondeu a todas:

- O lugar mais importante do mundo é aquele onde você está. O lugar onde você mora, vive, cresce, trabalha e atua é o mais importante do mundo. É ali que você deve ser útil, prestativo e amigo, porque este é o seu lugar.

- A tarefa mais importante do mundo não é aquela que você desejaria executar, mas aquela que você deve fazer.

- Por isso, pode ser que o seu trabalho não seja o mais agradável e bem remunerado do mundo, mas é aquele que lhe permite o próprio sustento e da sua família. É aquele que lhe permite desenvolver as potencialidades que existem dentro de você. É aquele que lhe permite exercitar a paciência, a compreensão, a fraternidade.

- Se você não tem o que ama, importante que ame o que tem. A mínima tarefa é importante. Se você falhar, se se omitir, ninguém a executará em seu lugar, exatamente da forma e da maneira que você o faria.

E, finalmente, o homem mais importante do mundo é aquele que precisa de você, porque é ele que lhe possibilita a mais bela das virtudes: a caridade.

- A caridade é uma escada de luz. E o auxílio fraternal é oportunidade iluminativa. É a mais alta conquista que o homem poderá desejar.

O rei, ouvindo as respostas tão ponderadas e bem fundamentadas, aplaudiu, agradecido.

Para sua própria felicidade, descobrira um sentido para a sua vida, uma razão de ser para os seus últimos anos sobre a Terra.

***

Muitas vezes pensamos em como seria bom se tivéssemos nascido em um país com menos inflação, com menos miséria, sem taxas tão altas de desemprego, gozando de melhores oportunidades.

Outras vezes nos queixamos do trabalho que executamos todos os dias, das tarefas que temos, por acha-las muito ínfimas, sem importância.

Desejamos que determinadas pessoas, importantes, de evidência social ou financeira pudessem estar ao nosso lado para nos abrir caminhos.

Contudo, tenhamos certeza: estamos no lugar certo, na época correta, com as melhores oportunidades, com as pessoas que necessitamos a nossa evolução.

Pense nisso. Mas, pense agora!

Ano XXXII e sem menção a autor.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O Servo Feliz


Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador.
Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los.
O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:
- Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens em monumentos que me honram o nome.
- Que deseja em troca de seus grandes serviços? - indagou o Enviado.
- Quero entrar no Céu.
O Anjo respondeu sem vacilar:
- Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.
O Filósofo acercou-se do preposto divino e pediu:
- Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado círculo dos homens. Dei às criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres.
- Que pretende pelo que fez? - perguntou o Emissário.
- Quero entrar no Céu.
- Por agora, porém - respondeu o mensageiro sem titubear -, não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as idéias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportunamente.
O Político tomou a palavra e acentuou:
- Ministro do Todo-Poderoso, fui administrador dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais.
- Que pede em compensação? - perguntou o Missionário do Alto.
- Quero entrar no Céu.
O Enviado, no entanto, respondeu, firme:
- Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz Íntima e volte depois.
Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, humilde:
- Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ternura de meus filhinhos...
O Anjo sorriu e disse:
- Que prêmio deseja?
O Lavrador pediu, chorando de emoção:
- Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga... Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, semeando, louvando e servindo!...
O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo:
- Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. Capítulo 5. FEB. 

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pessoas surpreendentes

 
Um rapaz de vinte e dois anos adentra o palco do Korea’s Got Talent. Programas semelhantes existem, com versões mais ou menos parecidas, em vários países do mundo.
E, vez ou outra, pessoas muito especiais ali comparecem.
Elas têm um sonho, desejam seguir uma carreira, mudarem o rumo da própria vida.
Com Choi Sung-Bong não foi diferente. Abandonado aos três anos de idade, ele viveu em um orfanato até aos cinco anos. Fugiu, confessa, depois de ter apanhado de pessoas responsáveis pela instituição.
Por dez anos, viveu pelas ruas. Vendia chicletes e bebidas. Dormia em escadas e banheiros públicos. Sempre que encontrava, nas ruas, aulas gratuitas de música, ele comparecia.
Fez o supletivo para o ensino fundamental e teve seu primeiro contato com a escola, ao iniciar o ensino médio.
Hoje, trabalha como servente de pedreiro. Seu sonho é se tornar um cantor. Um sonho que foi despertado de estranha maneira.
Certa feita, estando a vender chicletes em uma casa noturna, ele viu um cantor no palco, se apresentando.
A música animada o envolveu e ele ficou fascinado pelo que fazia aquela pessoa no palco. Decidiu: seria cantor.
Conta ele que viveu momentos muito duros em sua vida. Chegou a ser vendido a pessoas inescrupulosas.
Esse jovem, de experiências amargas, guarda doçura na voz e humildade na sua apresentação. Nota-se-lhe a timidez ao falar.
Também o nervosismo, frente ao microfone, apertando os olhos e os lábios, vez que outra.
Ele confessa que, quando canta, se sente outra pessoa. E, realmente, quando abriu sua boca para interpretar a música de Ennio Morricone, no idioma italiano: Nella Fantasia, a emoção tomou conta da plateia e dos julgadores.
Era mesmo outra pessoa. Um cantor interpretando uma canção, com alma e coração.
O sem família, que viveu anos pelas ruas, trabalha, estuda e persegue seu sonho. Não há amargura na sua voz.
Há a doçura de quem crê num mundo bom, conforme os próprios versos da canção que elegeu para sua apresentação e cuja tradução nos diz:
Nesta fantasia eu vejo um mundo justo.
Ali todos vivem em paz e em honestidade o sonho das almas que são sempre livres, como as nuvens que voam, cheias de humanidade.
Na fantasia existe um vento quente, que sopra pela cidade como amigo. Eu sonho que as almas são sempre livres...
*   * *
Ante histórias tão comoventes como esta, continuamos a afirmar: o mundo melhor já está presente entre nós.
Almas que não elegem a vingança, nem o ódio ou a mágoa para si. Criaturas que olham mais para o futuro do que para o passado de dores.
Seres que sonham com um mundo claro, onde a noite é menos escura, onde as almas são livres como as nuvens que voam, cheias de humanidade...
Irmanemo-nos a essas pessoas, vivendo de forma positiva, fazendo o melhor das nossas vidas para o bem de todos os que conosco convivem e se nos acercam.
 
Redação do Momento Espírita, com base em vídeo do programa Korea’s Got Talent.
Em 27.09.2011.

domingo, 23 de outubro de 2011

Se Você Deseja


Se você deseja ser cristão efetivamente:
perdendo, vencerá na batalha humana;
cedendo, obterá os recursos de que precisa;
trabalhando, conseguirá a felicidade própria;
perdoando, edificará em torno de si mesmo;
libertando, conquistará os outros;
suportando, resistirá na tempestade;
renunciando, ganhará tesouros imortais;
abençoando, salvará muitos;
sofrendo, terá mais luz;
sacrificando-se, encontrará a paz;
suando, purificar-se-á;
amando, iluminará sempre.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

* * * Estude Kardec * * *

sábado, 22 de outubro de 2011

Em Torno da Caridade


Não olvides que a caridade, é o coração no teu gesto.
*
Espalharás o ouro a mancheias, entretanto, se não sabes emoldurar de carinho a tua manifestação de bondade, as moedas de tua bolsa serão, muitas vezes, escárnio e humilhação, sobre a dor dos infortunados.
*
Ensinarás a verdade, com segurança, contudo, se a tua palavra não estiver temperada com a brandura da paciência, quase sempre, o teu verbo, apesar de nobre e culto, não passará de azorrague no semblante ferido de teus irmãos.
*
Recorda que a Providência Infinita nos estende o socorro do Céu de mil modos, em cada instante do dia, e descerrando tua alma à Grande Compreensão, não admitas que a sombra te avilte o culto da gentileza.
*
Muitos dão, mas raros sabem dar.
O pão, misturado de reprimendas, amarga mais que o fel e a lição, que se ajusta a críticas e reproches, pode ser comparada à tela preciosa que a ironia apedreja.
*
A beneficência não se levanta por bandeira de superfície.
*
Vale mais a tua frase, vasada em solidariedade e entendimento, para o companheiro que jaz sob o gelo de desanimo, que todos os tesouros amoedados da Terra.
*
Vale mais teu braço amigo ao irmão caído no precipício do sofrimento, que a mais ampla biblioteca do mundo em cintilações verbalistas na tua boca.
*
Lembra-te de que só o amor pode curar as chagas da penúria e da ignorância e aprende a doá-lo aos que te rodeiam, nas maneiras em que te exprimes, porque a caridade não é uma voz que fala, mas um poder que irradia.
*
Abraça a fé que te enobrece a existência e segue o valioso roteiro que as sua revelações te traçam à luta, mas não te esqueças de içar o coração, na marcha cotidiana, para que a tua vida seja, realmente, um poema de luz e fraternidade, consoante a lição do poema de luz e fraternidade, consoante a lição do Mestre Divino que, ainda mesmo na cruz, foi o amor generoso e triunfante, atravessando o vale escuro da morte, para convertê-la em eterna ressurreição.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 24. IDE. 

* * * Estude Kardec * * *

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sou o que somos

 
Todos temos sempre algo mais a aprender. Não somos pessoas acabadas às quais nada mais possa ser acrescentado.
É por isso que os que temos ouvidos de ouvir e olhos de ver nos encantamos com as pérolas que descobrimos em toda parte.
Quando menos se espera, eis uma preciosidade a se apresentar.
Não foi diferente com um antropólogo que foi à África com o objetivo de estudar usos e costumes tribais. Concluída sua tarefa, aguardava o transporte que o conduziria ao aeroporto, de retorno ao lar.
Observando as crianças que brincavam, resolveu propor uma brincadeira-desafio.
Adquiriu doces variados e os colocou em um cesto, com um belo laço de fita, debaixo de uma árvore.
Aí, chamou as crianças e lhes disse que quando ele gritasse a palavra: Já!, elas deveriam correr até o cesto.
O vencedor ganharia todas as guloseimas que ele continha.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse Já!, elas se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e lhes perguntou por que tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?
*   *   *
Ubuntu é uma antiga palavra africana, cujo significado é humanidade para todos. Ubuntu também quer dizer sou o que sou devido ao que todos nós somos.
Que bela filosofia! Totalmente acorde ao amor ao próximo como a si mesmo, ensinado por Jesus.
Como posso ser feliz tendo tanto se meu irmão padece fome e frio?
Como posso ser feliz enquanto meu irmão padece por falta de medicamentos?
Por que devo desejar tudo para mim e não deixar nada para meu irmão?
Verifiquemos como, em tantas oportunidades, nós mesmos, na qualidade de pais, incentivamos nossos filhos a apanharem tudo que podem para si.
Basta que recordemos das festinhas, onde são distribuídos brindes e guloseimas.
Alguns pais chegam a entrar na brincadeira para conseguir algo mais para os seus filhos.
Estamos incentivando o egoísmo em detrimento do amor ao próximo, do partilhar, do ficar feliz repartindo com o outro.
Isso é um grande promotor do tudo para mim, sem me importar com o semelhante.
Pensemos nisso e principiemos a vivenciar mais o partilhar, o dividir, ensinando, ao demais, nossos filhos, desde pequeninos, a assim proceder.
Recordemos que todos ansiamos por um mundo melhor, mais justo. Façamos a nossa parte, desde o hoje.
 
Redação do Momento Espírita, a partir de fato narrado pela jornalista Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis, SC, no ano de 2006.
Em 29.09.2011.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Anjos de guarda

 
Quem cuida de seu filho quando ele não está sob seus olhos?
Você diz que, na escola, os professores são os responsáveis; que em seu lar, você tem uma babá igualmente responsável.
Enfim, você sempre acredita que alguém, quando você não estiver por perto, estará de olho nele.
Parentes, amigos, contratados à parte, há, também, uma proteção invisível que zela por seu filho.
Você pode dizer que é seu anjo de guarda, seu anjo bom. A denominação, em verdade, não importa.
O que realmente se faz de importância é esta certeza de que um ser invisível debruça sua atenção sobre seu filho, onde quer que ele esteja.
E também sobre você. Não se trata de uma teoria para consolar as mães que ficam distantes de seus filhos longas horas.
Ou para quem caminha só nas estradas do mundo. Refere-se a uma verdade que o homem desde muito tempo percebeu.
Basta que nos recordemos de gravuras antigas que mostram crianças atravessando uma ponte em mau estado, sob o olhar atento de um mensageiro celeste.
Ou que evoquemos o livro bíblico de Tobias, onde um anjo acompanha o jovem em seu longo itinerário, devolvendo-o ao pai zeloso, são e salvo.
É doce e encantador saber que cada um de nós tem seu anjo de guarda. Um ser que lhe é superior, que o ampara e aconselha.
É ele que nos sussurra aos ouvidos: Detenha o passo! Acalme-se! Espere para agir!
Ou nos incentiva: Vá em frente! Esforce-se! Estou com você!
É esse ser que nos ajuda na ascensão da montanha do bem. Um amigo sincero e dedicado, que permanece ao nosso lado por ordem de Deus.
Foi Deus quem aí o colocou. e ele permanece por amor a Deus, desempenhando o que lhe constitui bela, mas também penosa missão.
Isso porque em muitas ocasiões, ele nos aconselha, sugere e fazemos ouvidos surdos. Ele se entristece, nesses momentos, por saber que logo mais sofreremos pela nossa rebeldia.
Mas não afronta nosso livre-arbítrio. Permanece à distância, para agir adiante, outra vez, em nova tentativa.
Sua ação é sempre regulada, porque se fôssemos simplesmente teleguiados por ele não seríamos responsáveis pelos nossos atos.
Também não progrediríamos se não tivéssemos que pensar, reflexionar e tomar decisões.
O fato de não o vermos também tem um fim providencial. Não vendo quem o ampara, o homem  confia em suas próprias forças.
E batalha. Executa. Combate para alcançar os objetivos que pretende.
Não importa onde estejamos: no cárcere, no hospital, nos lugares de viciação, na solidão, ele sempre estará presente.
Esse anjo silencioso e amigo nos acompanha desde o nascimento até a morte. E, muitas vezes, na vida espiritual.
E mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.
*   *   *
Você pode ter se transviado no mundo. Quem sabe, perdido o rumo dos próprios passos.
Pense, no entanto, que um missionário do bem e da verdade, que é responsável por você, pela sua guarda, permanece vigilante.
Se você quiser, abra os ouvidos da alma e escute-o, retomando as trilhas luminosas.
Ninguém, nunca, está totalmente perdido neste imenso universo de almas e de homens.
Pense nisso!
 
Redação do Momento Espírita, com base nos itens 492, 495 e 501 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Disponível no cd Momento Espírita, v. 12 e no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep.
Em 04.10.2011.
 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Superando a dor



Momento Espírita

 
No dia 28 de julho de 1976, a cidade industrial de Tangshan foi completamente arrasada por um terremoto apavorante. Trezentos mil mortos.
O fato ficou famoso como símbolo do colapso total das comunicações da China naquela época.
A preocupação das autoridades era com a crise pela morte de Mao Tsé-Tung e duas outras importantes personalidades.
A notícia do terremoto acabou chegando ao governo através da imprensa estrangeira.
Muitas mulheres ficaram sem marido e viram seus filhos desaparecer em abismos profundos.
Chen foi uma delas. Naquela manhã de julho, antes de clarear, ela foi despertada por um som estranho.
Era uma espécie de ronco surdo e um assobio, como se um trem estivesse se espatifando contra as paredes da casa.
Quando ia gritar, metade do quarto cedeu e a cama onde estava deitado o marido, foi tragada por um buraco enorme.
O quarto das crianças, que ficava do outro lado da casa, como um cenário de um palco apareceu à sua frente.
O filho mais velho estava de olhos arregalados e boca aberta. A menina chorava e gritava, estendendo os braços para a mãe.
O filhinho pequeno continuava dormindo calmamente.
A cena à sua frente sumiu de repente como se uma cortina tivesse caído.
Chen acreditou que estava tendo um pesadelo e se beliscou. Não acordou. Então, espetou a perna com uma tesoura.
Sentindo a dor e vendo o sangue, entendeu que não era um sonho.
Gritou como louca. Ninguém ouviu. De todos os lados vinham sons de paredes desmoronando e de móveis quebrando.
Ela ficou ali, com a perna ensanguentada, olhando para o buraco enorme que tinha sido a outra metade da sua casa.
Seu marido e suas lindas crianças tinham desaparecido diante dos seus olhos.
Sentiu vontade de chorar, mas não tinha lágrimas. Simplesmente não queria continuar vivendo.
Vinte anos depois, contando esta história a uma jornalista, Chen confessa que quase todo dia, ao amanhecer, ouve um trem roncando e apitando, junto com os gritos dos seus filhos.
Os pesadelos a machucam, mas ela diz que os suporta porque neles estão também as vozes dos seus filhos.
E quem pensa que Chen vive somente a lamentar e a chorar a perda dos seus amores, engana-se.
Ela, junto a outras mães que perderam seus filhos no terremoto de 1976, fundaram um orfanato, com o dinheiro da indenização que receberam.
É um orfanato sem funcionários. Alguns o chamam de uma família sem homens.
Vivem ali algumas mães e dezenas de crianças. Cada mãe ocupa um aposento grande com cinco ou seis crianças.
Os aposentos do orfanato foram decorados com uma infinidade de cores, de acordo com o gosto das crianças. Cada quarto com seu estilo de decoração.
Bem diferente dos orfanatos tradicionais da China.
Ao ser questionada como se sente hoje, naquele voluntariado, confessa Chen:
Muito melhor. Especialmente à noite. Fico olhando enquanto as crianças dormem. Sento ao lado delas, seguro suas mãos contra o meu rosto. Beijo-as e agradeço a elas por me manterem viva.
É um ciclo de amor. Dos velhos para os jovens e de volta para os velhos.
*   *   *
Por vezes, quando a dor nos visita, nos enclausuramos nela, acreditando que a nossa é a dor maior do mundo.
O exemplo de Chen nos dá a dimensão da dor e nos ensina como lidar com ela: atender o próximo que também sofre.
Afinal, sempre que olharmos para trás encontraremos criaturas mais intensamente feridas do que nós mesmos. E no atendimento às suas feridas, encontraremos o alívio que buscamos.
Tudo porque o toque delicado do amor é o curativo perfeito para as próprias chagas abertas no coração.
 
Redação do Momento Espírita com base no cap. As mães que sofreram um terremoto, do livroAs boas mulheres da China, de autoria de Xinran, ed. Companhia das letras.
Em 11.10.2011.
Pedimos a sua atenção para o fato de o Momento em Casa não ser um serviço diário.
São enviadas, em média, 3 a 4 mensagens no decorrer da semana. As mensagens do Momento
Espírita também estão disponíveis em cd's e livros, em www.livrariamundoespirita.com.br.

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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Socorre, Meu Filho


Não passes distraído, diante da dor.
Nesses semblantes, que o sofrimento descoloriu e nessas vozes fatigadas, em que a tortura plasmou a escala de todos os gemidos, Jesus, o nosso Mestre Crucificado, continua incompreendido e desfalecente...
*
Nessas longas multidões de aflitos e infortunados, encontrarás a nossa própria família.
*
Quantos deles albergaram esperanças, iguais àquelas que nos alimentam os sonhos, sem qualquer oportunidade de realização? Quantos tentaram atingir a presença da luz, incapazes de vencer a opressão das trevas?!...
*
Essas crianças, caídas no berço da angústia, esses enrugados velhinhos sem ninguém, essas criaturas que a ignorância e a provação mergulharam no poço da enfermidade ou no espinheiro do crime, são nossos irmãos, à frente do Eterno Pai!...
*
Estende-lhes tua alma, na dádiva que possas oferecer, guardando a certeza de que, amanhã, provavelmente, estarás também suspirando pelo bálsamo do socorro, na bênção de um pão ou na luz de uma prece amiga!
*
Recorda que as mãos, hoje, por ti libertadas dos grilhões da penúria, podem ser aquelas que, amanhã chegarão livres e luminosas, em teu auxílio!...
*
Ao pé de cada coração desventurado, Jesus nos espera, em silêncio.
*
Socorre, pois, meu irmão, e na doce melodia do bem, ainda mesmo que dificuldades e sombras te ameacem a luta, ouvirás, no imo do coração, a voz do Divino Mestre, a encorajar-te, paciente e amoroso: “Tem bom ânimo! Eu estou aqui”.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Meimei. IDE edição. Araras, SP. 1978. 

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Haroldo Dutra Dias - DVD As Cartas de Paulo

Vídeo promocional do Seminário apresentado por Haroldo Dutra Dias em 2011 na Federação Espírita do Paraná acerca das Cartas de Paulo.

DVD disponível na Livraria Mundo Espírita:
http://www.livrariamundoespirita.com.br

sábado, 15 de outubro de 2011

Vale a pena ver e ouvir...Louie Giglio - Nosso Deus é INDESCRITIVEL


 “Os céus relatam a glória de Deus”, já dizia o salmista. Basta olharmos para o céu em uma noite escura para percebermos isso. E quanto maiores os telescópios que o homem consegue criar, mais longe ele consegue ver e perceber a imensidão do Universo. O tempo passa, outro telescópio ainda mais potente é criado e o homem percebe que o Universo é ainda muito maior, mas muuuuito maior do que parecia. Deus sorri vendo o espanto do homem e fica aguardando que outro grande telescópio seja criado para o homem possa ver um pouco mais longe e quem sabe, consiga enxergá-lo, coisa que muitos ainda não conseguiram.Você já parou para pensar nas dimensões do Universo? Sabemos que a terra é um pequeno planeta nessa imensidão sem fim, mas será que realmente entendemos o quão pequeninos nós somos?
Você pode pensar: “Se a Terra é um minúsculo pó no Universo, quem sou eu, um ser humano nesse Universo sem fim? Será que Deus realmente sabe quem sou, será que ele se importa comigo?”
Diz o salmista: “O que é o homem para que dele se lembre? Que é o ser mortal para que te preocupes com ele?”
Nosso planeta é um pequeno ponto na Galáxia, um “nada” no Universo, mas ainda assim, somos tudo para Deus. Ele nos conhece pelo nosso nome, sabe o que pensamos, conhece nosso sonhos, nosso anseios, sabe porque choramos, o que nos entristece e nos ama. Nos ama tanto que deu a vida para nos salvar.
Não tem como ignorarmos um Deus assim, tão grandioso.

Como podemos imensurar o nosso Deus?!, realmente não temos como pois ele é imensurável, nessa ministração podemos ver a grandeza de Deus demonstrada com muita autoridade por Louie Giglio, veremos como servimos um DEUS maravilhoso e podemos sentir o Seu amor atraves dessa palavra, pois vou ser sincero "somos privilegiados de servir um Deus tão poderoso quanto o nosso Deus"...você verá a grandeza da criação de Deus, de uma forma maravilhosa, monstrando o universo e como nosso DEUS é INCRIVEL.


Reflita...

Não deixe que a rotina tome conta da sua vida. Encare as tarefas do dia-a-dia com renovada curiosidade. Você descobrirá novos detalhes que vão enriquecer sua experiência. Quebre a rotina. E comece a descobrir um novo mundo ao seu redor.
 

Deus, nós e o tempo

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Medicina reconhece obsessão espiritual - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

     
         
Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos.

Medicina reconhece obsessão espiritual

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

com a palavra:

Ouvir vozes e ver espíritos
não é motivo para tomar remédio de faixa preta
pelo resto da vida...
Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era;
para aqueles que queiram acordar,
boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião,
boa viagem também...

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade. 

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal
do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira,
médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença_da_alma,
já é reconhecida pela Medicina.
Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual,
na qualidade de doença da alma,
ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina,
por esta se estruturar numa visão cartesiana,
puramente organicista do Ser e, com isso,
não levava em consideração a existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar,
atualizar os leitores de meus artigos com essa informação,
pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde,
ao lado do aspecto físico, mental e social.
Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico,
psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual,
isto é, o sofrimento da alma;
tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana,
não a vendo em sua totalidade:
mente, corpo e espírito. 

Mas, após a data mencionada acima,
ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar
do ser humano integral: 
biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida
na Medicina como possessão e estado_de_transe,
que é um item do CID - Código Internacional de Doenças -
que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora. 

O CID 10, item F. 44.3 - define estado de transe e possessão
como a perda transitória da identidade com manutenção
de consciência do meio-ambiente,
fazendo a distinção entre os normais, ou seja,
os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos,
dos que são patológicos, provocados por doença. 

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe
durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. 

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto
nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença,
um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura
bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.. 

 Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal
e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios. 

O manual de estatística de desordens mentais da
Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV -
alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar
de forma equivocada como alucinação ou psicose,
casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas
que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas,
porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura. 

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira,
médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud,
estudou o caso de uma médium que recebia espíritos
por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID)
seja conhecido no mundo todo,
lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem
todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas
e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas. 

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson),
a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos"
por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência),
na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico
e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico.
(Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento
que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral). 

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma,
merece ser estudada de forma séria e aprofundada
para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda 

Colaboração de CEECAL - 

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro,
doutor em Neurociências,  mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo)
e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica.
A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física,
de Biologia e de Espiritismo.

Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo
relações com atividades psíquicas
e recepção de sinais do mundo espiritual
por meio de ondas eletromagnéticas.

Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo
AMESP e possui a clínica Pineal Mind,
onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que,
em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético
que chega e repele outros cristais.
Esses cristais são apontados através de exames de tomografia
em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação.
Já em outros pacientes,
em que os exames não apontam tais cristais,
foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1]
"o mistério não é recente.
Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma.
Para os praticantes da ioga,
a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”,
que leva ao autoconhecimento.
O filósofo e matemático francês René Descartes,
em Carta a Mersenne, de 1640,
afirma que “existiria no cérebro uma glândula
que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras
sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior,
inclusive na Universidade de Londres.
Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul,
o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos
para estudar a glândula pineal quando ainda estava
concentrado em pesquisas
na área de física e matemática.
Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu
o professor Zerbini, renomado médico cardiologista
e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil.
Zerbini, a quem Sérgio teria substituído
em seus dois últimos compromissos acadêmicos,
sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão)
que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.

Dr. Sérgio Felipe de Oliveira

2)-Glândula Pineal - Dr. Sérgio Felipe de Oliveira - Vídeos:

http://br.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=bnLUOfFaEFE&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=BRY41_pvIxI&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=3Gl6unmMbz8&feature=related
http://br.youtube.com/watch?v=HpZoni-LQic
http://br.youtube.com/watch?v=HTgiJjBumD4&feature=related


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