“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Coelho e o Cachoro: História de uma amizade


Eram dois vizinhos.
O primeiro vizinho comprou um coelho para os filhos.
Os filhos do outro vizinho, pediram um bichinho de estimação para o pai.
O homem comprou um filhote de pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
- Mas ele vai comer o meu coelho!

- De jeito nenhum. Imagina. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos, pegar amizade.

Entendo de bicho. Não vai haver problemas.

E, parece que o dono do cachorro tinha razão. Juntos cresceram e amigos se tornaram.

Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa.
As crianças, felizes com a harmonia entre os dois animais.

Eis que o dono do coelho foi passar um final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.

Isso numa Sexta-feira.
No Domingo, de tardinha, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o pastor alemão na cozinha.
Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, arrebentado, sujo de sangue e terra, morto.
Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.

Dizia o homem:

- O vizinho estava certo, e agora?
A primeira reação foi agredir o cachorro, escorraçar o animal, para ver se ele aprendia um mínimo de civilidade.
- Só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar.
- E agora? Todos se olhavam.
O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente de quem foi a idéia, mas parecia infalível!

- Vamos dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na casinha no seu quintal.

Como o coelho não estava muito estraçalhado, assim o fizeram.
Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças.
E lá foi colocado, com as perninhas cruzadas, como convém a um coelho dormindo.
Logo depois ouvem a os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.
Descobriram!
Não passaram-se cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta...
Branco, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho... o coelho...
- O coelho o que?
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na Sexta-feira!
- Na Sexta?
Foi. Antes de a gente viajar, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!

A história termina aqui.

O que aconteceu depois não importa. Nem ninguém sabe.
Mas o grande personagem desta estória é o cachorro.
Imagine o pobrezinho, desde Sexta-feira, procurando em vão pelo seu amigo de infância.
Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado.
O que faz ele?
Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para os seus donos, imaginando fazer ressucitá-lo.

O ser humano, continua julgando os outros pela aparência, mesmo que tenha que deixar esta aparência como melhor lhe convier.



Outra lição que podemos tirar dessa estória, é que o ser humano tem a tendência de julgar antecipadamente os acontecimentos sem antes verificar o que ocorreu realmente.

Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?
Essa foi pra pensar bem nas atitudes que tomamos...

(desconhecido)

2 comentários:

  1. lindaaa a históriaa, mas em 2013 será q a historia tbm será de uma amizade entre coelho e cachorro?????( tenho um coelho e queria um cachorro)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Querida Isadora,
      Esta é a história de uma linda amizade que pode acontecer entre seres de distintas espécies.
      Paz e bem!!!
      Jô Piantavinha

      Excluir