“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O FARDO

“Cada qual levará a sua própria carga”. Paulo. (Gálatas, 6:5).




Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, 
recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe pertence.
Fardos existem de todos os tamanhos e feitios.
A responsabilidade do legislador.
A tortura do sacerdote.
A expectativa do coração materno.
A criança sem ninguém sofre seu pavor.
A indigência do enfermo desamparado.
O pavor da criança sem ninguém.
As chagas do corpo abatido.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou 
herói num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas 
mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.
Suporte com valor o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a 
vida maior.
Dirás, talvez impulsivamente: -“E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador 
indiferente? Carregarão por ventura, alguma carga nos ombros?”.
Responderemos, no entanto, que provavelmente, viveram sob encargos mais pesados que os 
nossos, de vez que a impunidade não existe.
Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, é que a tua carga já se faz menos 
densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.
Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, 
mesmo que seja um milímetro por dia...
Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços 
duros no lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina 
imortalidade.




Emmanuel
Livro: Cartas do coraçãoFrancisco Cândido Xavier

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