“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

terça-feira, 21 de junho de 2011

A HISTÓRIA DA CHAVE


Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância.

Aí começou uma dificuldade.

Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras.

A madrasta bondosa preocupou-se.

Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.

Dona Cidália observou... observou...

E ficou sabendo quem lhes subtraia os recursos da horta; entretanto, repugnava-lhe a idéia de ofender uma pesoa amiga por causa de repolhos e alfaces.

Chamou, então, o Chico e lembrou.

- Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria. Peça-lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?

Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu.

O menino contou-lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.

D. Maria então lhe disse:

- Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que sempre são pessoas de quem necessitamos. Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.

Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.

Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-se pela casa inteira.

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama


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