“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nada se leva…

Uma raposa procurava uma maneira de entrar num vinhedo, onde as uvas maduras pareciam esperar para serem colhidas, mas o buraco na cerca era pequeno demais para que ela passasse.

Decide então perder peso para chegar ao outro lado da cerca. Jejua durante dias, até conseguir se espremer pelo vão. Quando finalmente consegue, devora as uvas com sofreguidão, extasiada pela sua boa sorte, e come até ficar gorducha.

Volta então à cerca e se recorda do mundo belo e glorioso que havia lá fora. Ansiosa por vagar pelas campinas, procura uma maneira de voltar ao seu mundo. E chega novamente ao velho buraco na cerca – mas, é claro, não consegue passar . Então jejua de novo e mais uma vez consegue se espremer. Quando se torna pele e osso como antigamente, a raposa finalmente consegue forçar a saída dali.

Como a raposa, entramos no mundo sem nada nas mãos, e saímos deste vale de lágrimas com as palmas das mãos abertas, sem levar nada conosco. No vinhedo de nossa vida, nos refestelamos e festejamos – mas no final, descobrimos que mortalhas não têm bolsos. Que objetos de ouro podemos levar conosco para o túmulo?

Porém no luxuriante jardim da nossa vida, também podemos nos refinar para sermos pessoas decentes, boas, às vezes atingindo metas elevadas. A beleza, o amor, a fé e a bondade que criamos nesta vida são tudo que levaremos conosco quando deixarmos este mundo e formos para o Mundo Vindouro. Nossa maneira de passar pelo jardim da vida depende de uma palavrinha com duas letras – "se".

Se pudermos crescer em decência e bondade neste mundo, somos mais sábios e valorosos que aquela raposa tola.

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