“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

sábado, 5 de novembro de 2011

Raios brilhantes





TO Salmo 19 descreve a quietude do céu: "Não há discursos, não há palavras" (Ein omer, ve’in devarim, beli nishma kolam; v. 4).

Num firmamento preenchido com Big Bangs, cometas em choque e estrelas cadentes, o Salmista vê o sol e a lua, nossas fontes do dia e da noite, como luminárias silentes.

Assim, também, existem pessoas refinadas vivendo em locais ensurdecedores que são ilhas de existência reservada, discreta e não-verbal. Não se deve julgá-las pelos decibéis, mas pela sua decência.

O Salmista então completa a metáfora dos silenciosos: "A voz deles percorre a terra, e suas palavras [não ditas] vão até o fim do mundo" (v. 5). Os silenciosos se comunicam não por meio de gritos, mas com raios brilhantes que reluzem sobre os outros.

Rabi Isaac Luria, o grande cabalista, afirma que ao nascer as pessoas recebem não um número de anos, mas um número de palavras, enfatizando a qualidade, não a quantidade, que é de suprema importância na vida delas. Esta noção explica por que muitos causam grande impacto sobre outros embora sua vida seja curta.

Seus raios de bondade iluminaram silenciosamente muitas gerações, sua luz se espalhou até o fim invisível do mundo.

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