“O pensamento escolhe. A Ação realiza. O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. Eis porque, segundo as Leis que nos regem, a cada um será dado segundo suas próprias obras”.

(Emmanuel)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Imagens e bêncãos

A força terapêutica dos quadros das Madonas

As imagens ou pinturas de Nossa Senhora, também conhecidas por Madonas (“minha senhora”, em italiano), podem irradiar uma grande força curativa. Independentemente da crença religiosa, terapeutas indicam a contemplação dessas obras para a harmonização das aflições e dos conflitos.
Os quadros da Virgem, feitos em uma época chamada Renascimento (séculos 14, 15 e 16), talvez sejam os mais especiais.
Parece que, naquele tempo, o ser humano era mais sensível, sobretudo alguns artistas, como o pintor Rafael (1483-1520). Ele tinha o dom de captar e ancorar na Terra a presença divina de Maria. Pintou a Virgem em diferentes versões, como se quisesse, por meio dos quadros, passar para o mundo um impulso espiritual.

ABENÇOAR A CASA

Uma das mais perfeitas pinturas de Rafael é a Madona Sixtina, que aparece na nossa ilustração. “Este quadro é símbolo da eterna espiritualidade das pessoas, que certamente chegam à Terra vindas de mais além”, disse o educador austríaco Rudolf Steiner (1861-1925).
Esta Madona está em movimento, caminha, leva para o mundo o Menino Deus (ou a Força do Bem), como se quisesse entregá-lo para todos nós. Uma pessoa conhecida, que viu este quadro na Alemanha, o descreve: “Ao nos aproximarmos lentamente, a experiência é avassaladora, pois sentimos que a figura central vem até nós, como uma revelação...”
O manto dela é azul como o céu infinito. A vestimenta é vermelha, simbolizando a Terra. Ela é, ao mesmo tempo, Céu e Terra. Inspiração e ação.
No quadro, um casal abre o caminho. O homem (são Sisto II, que pacificou terríveis conflitos) tem uma das mãos sobre o peito e a outra apontada para nós. Talvez nos aponte o caminho do entendimento, do coração... A mulher (santa Bárbara, que cuidava dos pobres e aflitos) se interioriza, talvez ouvindo a intuição. Ele representa a boa vontade e a paz, e ela, o amor e o cuidado, boas formas de acolher o Menino Deus em nossa vida.
A Madona atravessa uma cortina entre dois mundos, do espiritual para o físico. Atrás, alguns rostos miúdos, etéreos. À frente, dois anjinhos (ou a inocência infantil) a esperam para guiá-la pelo mundo.

Texto: Carlos Solano
fonte: fotolog.com.br

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